Sprinter da Caja Rural superou os fugitivos nos metros finais, jovem da Fonte Nova/Felgueiras foi o melhor português, em terceiro
Corpo do artigo
Foi nos metros finais que Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA) atacou para a sua segunda vitória na Clássica da Arrábida, repetindo o feito do ano passado. Alex Jaime (Equipo Kern Pharma) foi segundo e Francisco Campos (Fonte Nova/Felgueiras) fechou o pódio em terceiro.
O pelotão partiu de Palmela em direção a Sesimbra, com 182 quilómetros nesta Clássica da Arrábida. A fuga do dia surgiu logo ao quilómetro 18, comtrês ciclistas: Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense), Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) e Diogo Gonçalves (Santa Maria da Feira/Segmento D'Época/Reol), que chegaram a ter cerca de três minutos de vantagem para o pelotão.
No grupo principal, quem assumiu a perseguição foi a Caja Rural, que acabaria por conseguir anular a fuga quando faltavam cerca de 70 quilómetros para o final da corrida, altura em que se iniciava a subida para o segundo prémio de montanha do dia, no Alto de São Paulo.
Após a contagem de montanha, apesar de o pelotão seguir compacto, os ataques iam-se sucedendo. Numa dessas iniciativas, foram seis os corredores a ganhar vantagem, Gonçalo Leaça (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Emanuel Duarte (Efapel Cycling), Sergio García (Glassdrive-Q8-Anicolor), Hélder Gonçalves (Kelly-Simoldes-UDO), António Barbio (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) e Dean Harvey (Trinity Racing).
A equipa Caja Rural continuava a perseguir e não tardou a que cinco deles fossem alcançados, restando na frente apenas Hélder Gonçalves. Entretanto, no pelotão atacava Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), juntando-se pouco depois ao corredor que seguia isolado.
A 20 quilómetros do final o pelotão estava novamente compacto, e assim permaneceu até 12 quilómetros da meta. Nesta altura saíram quatro corredores do pelotão, agora sim com a Caja Rural a conseguir colocar um dos seus homens entre os fugitivos que, rapidamente, passaram a ser apenas dois, Jon Barrenetxea (Caja Rural) e Giovanni Carboni (Kern Pharma). Os dois nunca chegaram a ganhar uma vantagem significativa, o que permitiu que, já nos metros finais, a Orluis Aular lançar o derradeiro ataque. Essa iniciativa garantiu-lhe a vitória.
"Sabíamos que podíamos fazer uma grande etapa. Na parte final a equipa fez um trabalho perfeito e eu acredito que quando se trabalha em conjunto conseguimos alcançar os nossos objetivos. O meu colega de equipa, Jon Barrenetxea, seguiu numa fuga, e nos últimos 500 metros o grupo onde eu seguia já estava muito perto de os alcançar. Senti-me bem e decidi lançar o ataque de longe. Queríamos tentar a vitória e conseguimos. Estou muito contente", revelou Orluis Aular.
Logo a seguir chegou Alex Jaime (Kern Pharma), com Francisco Campos (Fonte Nova/Felgueiras) a fechar o pódio, a oito segundos de Orluis Aular. Foi também o melhor das equipas portuguesas, uma surpresa, pois a equipa de Felgueiras, que sucedeu à W52-FC Porto, corre agora como sub-23.
Diogo Narciso conquistou a classificação da montanha, Oliver Rees (Trinity Racing) a juventude e a Kern Pharma foi a vencedora da classificação geral por equipas.