Atleta norte-americana criticou a imposição de testes de género obrigatórios nas competições femininas da World Athletics, a partir de 1 de setembro
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Nikki Hiltz, atleta dos Estados Unidos que se assumiu como transgénero e não binária em 2021, criticou no sábado a recente decisão da World Athletics de aplicar testes de género obrigatórios em todas as provas femininas sob a sua tutela a partir de 1 de setembro.
Após se ter qualificado para o Mundial de atletismo de Tóquio, que se disputará em setembro, Hiltz esclareceu que irá submeter-se a este teste, mas criticou a sua implementação, desejando que “esse tempo, energia e dinheiro” fossem dedicados a outros assuntos como “treinadores violentos” ou “alegações de doping”.
“Claro que vou fazê-lo. Não vou protestar nem nada. Simplesmente não gosto do precedente que isso cria”, apontou Hiltz, que venceu uma medalha de praia nos Mundiais “indoor” de 2024 e também participou nos Jogos Olímpicos Paris’2024, ficando em sétimo lugar na final da prova dos 1500 metros.
Os testes de género tinham sido aprovados há quatro meses e agora a Federação Internacional de Atletismo anunciou que os implementará em provas a contar para o ranking mundial, "a fim de promover a integridade do desporto feminino". O teste será efetuado uma única vez por atleta. Pode ser realizado através de uma amostra bucal ou por análise ao sangue.