Fórmula 1 sofreu uma grande renovação, podendo Verstappen e Hamilton ter concorrência na época que hoje começa
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Saber se grandes alterações regulamentares como as de 2009 (fim das peças móveis aerodinâmicas, novas asas dianteiras e traseiras, regresso dos pneus slick e KERS) e 2014 (introdução dos motores híbridos) vão dar origem a novos reinados na Fórmula 1 - como aconteceu com Red Bull (campeã entre 2010 e 2013) e Mercedes (2014 a 2021) - é a questão que se coloca na temporada que arranca hoje, no Barém. Após uma época em que era difícil pedir mais emoção, durando a luta pelo título até à última volta do GP de Abu Dhabi, o Grande Circo entra numa nova era, justificada com o desejo de mais equilíbrio entre as 10 equipas, para o qual o teto orçamental rígido de 127,5 milhões também deve contribuir...
Com as asas simplificadas, pneus de 18 polegadas (em vez de 13) e o regressado efeito de solo (banido em 1983, mas de volta numa versão modernizada que dá estabilidade aos monolugares para que possam andar mais próximos uns dos outros) entre as principais mudanças, nenhum dos novos carros se apresentou igual. Tal confere uma boa dose de imprevisibilidade à época em que várias formações sonham ser Brawn, projeto que há 13 anos aproveitou a revolução nas normas para surpreender.
Esta temporada há 15 recordes que podem ser batidos, a começar com o de pilotos com mais títulos, se Lewis Hamilton for campeão pela oitava vez
Pelos "power rankings" da pré-temporada e odds das casas de apostas, o favoritismo pende para Red Bull e Max Verstappen, notando-se uma aproximação da Ferrari, arredada das conquistas desde 2008. "Diria que estamos um pouco atrás da Red Bull, mas da Mercedes não sei. Realmente não fazemos ideia onde eles estão, mas certamente vão estar na frente, no top 3", previu Charles Leclerc, abordando a incógnita em torno dos "Flechas de Prata". À procura de um inédito oitavo título mundial, tendo o prodígio George Russell como novo colega, Lewis Hamilton também lançou os alarmes para a escuderia - "De momento, não acho que possamos lutar por vitórias" -, mas há quem pense ser apenas bluff. "Eles fazem sempre isso", comentou Verstappen, que corre pela revalidação.
CALENDÁRIO
20 março GP Barém (Sakhir)
27 março GP Arábia Saudita (Jeddah)
10 abril GP Austrália (Melbourne)
24 abril GP Emília Romagna (Imola)
8 maio GP Miami (Miami Gardens)
22 maio GP Espanha (Montmeló)
29 maio GP Mónaco (Monte Carlo)
12 junho GP Azerbaijão (Baku)
19 junho GP Canadá (Montreal)
Novos regulamentos, encarados como a mudança mais profunda na categoria desde 1983, tornam a temporada difícil de prever, mas Red Bull, Mercedes e Ferrari devem compor o trio favorito.
3 julho GP Grã-Bretanha (Silverstone)
10 julho GP Áustria (Spielberg)
24 julho GP França (Paul Ricard)
31 julho GP Hungria (Hungaroring)
28 agosto GP Bélgica (Spa)
4 setembro GP Países Baixos (Zandvoort)
11 setembro GP de Itália (Monza)
25 setembro a marcar
2 outubro GP Singapura (Marina Bay)
9 outubro GP Japão (Suzuka)
23 outubro GP EUA (Austin)
30 outubro GP México
13 novembro GP São Paulo (Interlagos)
20 novembro GP Abu Dhabi (Yas Marina)
Polémica: Mercedes na mira da Ferrari
Declarados legais, os retrovisores do W13 da Mercedes continuam a ser tema face à hipótese de darem algum benefício aerodinâmico. A Ferrari pediu um esclarecimento à FIA. "Em 2018, montámos os espelhos no halo, solução que era legal, mas, duas corridas depois, tivemos de os remover porque teriam uma influência aerodinâmica não acidental", argumentou o chefe Mattia Binotto.
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