Carlos Costa e Rosa Madureira foram os melhores portugueses na 16.ª edição da maratona do Porto.
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Os atletas Carlos Costa, sétimo classificado na prova masculina, e Rosa Madureira, quinta colocada na competição feminina, congratularam-se por terem sido os melhores portugueses na 16.ª edição da maratona do Porto.
O corredor do São Salvador do Campo gastou 02:21.56 horas para completar os 42,195 quilómetros, fixando a segunda melhor marca pessoal em quatro participações no evento nortenho, acima do tempo de 2:19.48 registado em 2018.
"Sinto-me contente pelo resultado, mas não era o que esperava a nível de tempo de marca. O meu objetivo era baixar as 02:15 horas e tudo indicava que era possível à passagem da meia maratona, mas quando virámos para a zona de Gaia apanhámos muito vento contra e os planos tiverem de ser alterados", analisou à agência Lusa Carlos Costa.
Reconhecendo que as condições climatéricas provocaram "uma quebra bastante acentuada" no ritmo da corrida, o atleta do clube de Santo Tirso valorizou o sétimo posto na geral, atrás de quatro quenianos e dois etíopes, incluindo o vencedor Deso Gelmisa, com 02:09.08.
"Contra o vento era impossível correr nos tempos pretendidos. Se forçasse ia pagar mais tarde a fatura, correndo o risco de nem terminar. Mais valeu jogar pelo seguro e tentar gerir ao máximo o esforço para conseguir ser o melhor português", admitiu Carlos Costa, que ficou à frente de Hermano Ferreira (Escola de Atletismo de Coimbra), nono colocado, com 02:26.58 horas, enquanto Hélder Lopes (DCI/Trilhos Luso Bussaco) foi décimo, com 02:28.37.
O atleta do São Salvador do Campo já aponta baterias aos próximos desafios, nomeadamente os campeonatos nacionais de corta-mato e de estrada em 2020, tal como Rosa Madureira, quinta classificada no setor feminino, com 02:49.53 horas, o quarto melhor registo em cinco presenças no Porto, atrás das 2:43.14 percorridas em 2013.
"A prova correu bem. Estava um bocado cansada porque há quinze dias fiz outra maratona em Lisboa [nona classificada com 2:52.01]. O melhor objetivo era ser a primeira portuguesa e consegui fazê-lo", referiu à agência Lusa a corredora do AD Marco 09.
Rosa Madureira também considera que o vento condicionou "um bocadinho" a passada dos atletas, apesar de não ter sido suficiente para originar mudanças na estratégia que havia delineado antes da maratona, na qual terminou à frente de Luísa Oliveira (Paredes Aventura), sexta classificada, com 02:52:28, e Mónica Ferreira, na oitava posição, com 03:03:51.
O evento portuense voltou a receber o nível de bronze da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), distinção que atesta a qualidade de uma das provas pertencentes ao circuito mundial das maratonas.