António Carvalho e um momento decisivo: "Ele não se mexeu, era sinal que estava mal"

A festa de António Carvalho na meta, com os companheiros Frederico Figueiredo e Mauricio Moreira
Pedro Correia/Global Imagens
Declarações de António Carvalho, vencedor da nona etapa da Volta a Portugal, que terminou na Senhora da Graça.
A etapa: "Nós saímos com uma estratégia bem delineada do autocarro. Passava, acima de tudo, por tentar defender o nosso primeiro e segundo lugar da geral. Se houvesse possibilidade ou se sentíssemos fraqueza dos adversários, principalmente do Luís Fernandes, para eu tentar chegar ao pódio, iríamos tentar. Se vocês analisarem a etapa, nós acabámos por colocar um homem na fuga [Fábio Costa], que era um dos nossos objetivos. Queríamos trazer a etapa controlada entre o Barreiro e a Senhora da Graça. Não pretendíamos acelerar a corrida no Barreiro. Felizmente, o Tavira acelerou por nós. Acabaram por endurecer muito a corrida e muitos adversários acabaram por ficar para trás."
Momento decisivo: "Houve um momento, a faltar dois quilómetros [para o alto do Barreiro], corto os meus colegas acima de tudo para analisar os adversários e vi que estavam a passar mal. Vi que o Luís Fernandes ia a passar mal e tentei endurecer mais um pouco. Mal passámos a montanha, ele disse-me que hoje não estava bem. [...] Foi entrar cá em baixo na Senhora da Graça para ver como ia ser a resposta do Luís Fernandes, ele não se mexeu, era sinal que estava mal. Só tive de esperar e trazer o Frederico e o Maurício até ao alto, num ritmo confortável para todos. Claro que sofrendo, porque não há vitórias fáceis, e tentar assaltar o pódio, não consegui ainda. Mas veremos amanhã [segunda-feira]."
Último dia: "Estivemos a analisar o contrarrelógio de Gaia-Porto, quando faço segundo, e ganhei quatro minutos ao Luís Fernandes. Mas não há provas iguais. Amanhã vou tentar o meu melhor para acabar no pódio final".
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