Fórmula 1 quer ter 18 ou 19 corridas, a maioria na Europa, e os brasileiros apontaram de imediato Portugal como possibilidade.
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Ainda não passaram duas semanas desde que Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar, empresa detentora do Autódromo Algarve, disse não contar receber qualquer prova de Fórmula 1, mas apenas testes de preparação da próxima temporada, e já os brasileiros da "Globo" colocaram Portugal e a pista de Portimão como uma das soluções que permitam à Fórmula 1 fazer as 18 ou 19 corridas que pretende.
Isso só acontecerá se for possível iniciar o Mundial em julho - o Grande Prémio da Áustria está agendado para 5 de julho - e com Ross Brawn, diretor da Fórmula 1, a colocar a possibilidade de mais do que uma corrida em cada pista, mas entretanto existirão outros problemas.
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Estando o calendário de Fórmula 1 com 13 corridas marcadas, sete adiadas (Barém, Vietname, China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá) e duas canceladas, a próxima a cair deverá ser França (28 de junho), mas também não se imaginam grandes evoluções da pandemia na Grã-Bretanha (19 julho), enquanto Itália, Estados Unidos e Brasil são grandes incógnitas, sobretudo tendo de receber um "circo" de tantas nacionalidades que deixa igualmente em dúvida as viagens para Singapura, Japão ou México.
"O início deverá ser na Europa, talvez à porta fechada, com as equipas a chegarem em charters e a serem testadas, para termos a certeza de que não há riscos. Não é o ideal, mas será melhor do que não ter corridas", comentou Ross Brawn, admitindo que "as viagens vão ser um problema" e que ir a Baku e Singapura, que possuem circuitos citadinos, será difícil.
É na busca de soluções, forçosamente em países menos afetados pelo vírus, que a "Globo" aponta de imediato o Algarve, com uma pista homologada há duas semanas, entre as poucas alternativas, embora isso significasse Portugal regressar à Fórmula 1 - a última corrida foi em 1996, no Estoril - sem pagar os 30 a 50 milhões habituais de cada organizador. O que explica ser visto, naturalmente, como a última das soluções.