
Apresentação do Air Invictus
André Rolo
Festival marcado para junho de 2026 espera atrair um milhão de pessoas. Ministro da Economia antevê impacto positivo para Porto, Gaia, Matosinhos e Maia
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"Não é tão vulgar assim" juntarem-se "vontades entre quatro municípios fundamentais da Área Metropolitana do Porto", como o Porto, Gaia, Matosinhos e Maia, para dar corpo a uma iniciativa de grande envergadura - o festival aéreo Air Invictus, entre 19 e 21 de junho de 2026 -, que se espera que gere um impacto económico de 100 milhões de euros e atraia cerca de um milhão de pessoas. As palavras são do ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, que no sábado marcou presença na apresentação do certame na Faculdade de Economia do Porto (FEP), a partir da qual será feita a avaliação do retorno económico que a iniciativa terá para a região.
Para já, e "de acordo com a Faculdade de Economia, estima-se um acréscimo da atividade económica na ordem dos 100 milhões de euros", como realçou o governante, que considera que, "do ponto de vista estritamente financeiro, é um bom investimento que o Estado faz ao patrocinar este evento". Será uma despesa de pouco menos de quatro milhões de euros", sendo que, no que toca às "câmaras municipais, chegará aos cinco milhões e pouco", detalhou.
"Potencial gigantesco"
Além da "promoção da imagem e da marca do Porto e do Norte", o Air Invictus, que inclui um programa com 15 atividades, promete animar o comércio das cidades envolvidas. "Há que pôr em realce a componente do acréscimo comercial que vai estar associado. O pequeno e grande comércio do Porto, Gaia, Matosinhos e da Maia vão ganhar com este investimento; não são apenas as receitas associadas ao turismo", sublinhou o ministro.
Luís Castro, da Bravimaginação, a empresa organizadora, espera "ter um milhão de pessoas nas margens" do rio Douro, o que fará, por outro lado, com que a segurança seja "um grande foco de atenção". Entre aquele milhão de espectadores, estima-se que cerca de 300 mil sejam estrangeiros, esperando-se que o certame venha "ajudar a que o turista tenha uma nova razão para prolongar a sua estadia" na região, disse o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins.
Também o presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, destaca o "gigantesco potencial do evento", vendo como positivos o "impacto económico, que é relevante", assim como a sua "projeção internacional" e o "envolvimento da comunidade". O autarca realça ainda o caráter "multidisciplinar e multifacetado" do Air Invictus, o que "pode trazer grandes vantagens para a região".
Várias atividades
Aliás, Luís Castro faz questão de vincar que o certame "não é uma corrida de aviões, mas um grande evento aéreo e aeroespacial que tem lá dentro uma corrida de aviões, entre outras atividades". No total, são "15 pontos de interesse" que incluem, ainda, um espetáculo de acrobacias aéreas, demonstrações militares ou "a primeira feira da indústria de defesa aérea e aeroespacial que vai acontecer em Portugal, com o apoio da Força Aérea", que irá montar um "foguetão". Haverá também lugar para batismos de voo, aeromodelismo, um festival de música e exposições de aeronaves.
Referindo que "o turismo tem vindo a crescer" e lembrando a importância de "favorecer a atividade económica", o ministro Castro Almeida afirmou que "o Estado tem de estar a apoiar" quem promove iniciativas que geram retorno. Até porque é o aumento de receitas que permitirá que "os trabalhadores do turismo venham a ter melhores salários", sustenta o governante, defendendo ser necessário o "aumento da riqueza para gerar melhores rendimentos para quem trabalha e para sustentar o estado social".
