Afonso Eulálio feliz com resultado "motivador e gratificante"
Corpo do artigo
O ciclista português Afonso Eulálio mostrou-se este domingo feliz com o nono lugar na corrida de fundo masculina dos Mundiais de ciclismo de estrada, que encerraram em Kigali com o triunfo do esloveno Tadej Pogacar.
"Conseguir um top 10 num Mundial é muito motivador. Passei o ano a trabalhar para a equipa e, agora, no final da época, alcançar este resultado é muito gratificante", contou o ciclista luso, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
Numa corrida completada por apenas 30 ciclistas, Eulálio brilhou a dias de celebrar 24 anos, tornando-se o segundo português de sempre a concluir a prova de fundo de elites no top 10, igualando o nono lugar alcançado em 2015 por Rui Costa, que em 2013 se sagrou campeão mundial em Florença.
Além do figueirense, que cortou a meta a 7.06 minutos do vencedor, também Ivo Oliveira esteve em destaque, integrando a fuga que se formou quando estavam decorridos meros seis dos 267,5 quilómetros da jornada e só foi "apanhado" quando o seu colega Pogacar atacou, de longe, para revalidar o título que havia conquistado em 2024.
O jovem da Bahrain-Victorious, formação em que este ano se estreou no WorldTour, junta-se assim ao título de Rui Costa em 2013, mas também ao nono lugar de 2015, superando os seus dois 10.ºs lugares, em 2018 e 2019.
O arquiteto destes resultados, o selecionador José Poeira, notou como o ciclista "soube gerir muito bem" as muitas dificuldades, entre elas os mais de cinco mil metros de desnível acumulado positivo.
"Chegar com os melhores, deixando para trás ciclistas de grande valor, e terminar em nono lugar, é espetacular. Não podemos esquecer que o Afonso só tem 23 anos", explicou.
Além de Eulálio e de Ivo Oliveira, que esteve em fuga, competiram por Portugal António Morgado e Tiago Antunes.
Depois dos Mundiais, no Ruanda, a seleção portuguesa competirá de seguida nos Europeus, em França, com 24 convocados ao todo, entre elite, sub-23 e juniores, em masculinos e femininos.
Aos 27 anos, Tadej Pogacar conquistou a camisola arco-íris pelo segundo ano consecutivo, com o tetracampeão do Tour a cumprir mais de 60 quilómetros em solitário, depois de se "livrar" do mexicano Isaac del Toro, que tinha acompanhado o seu ataque inicial, e concluir os 267,5 quilómetros da prova de fundo dos Mundiais de estrada, em Kigali, no Ruanda, em 6:21.20 horas.
O belga Remco Evenepoel juntou a prata ao ouro conquistado no contrarrelógio, acabando a 1.28 minutos do esloveno, com o irlandês Ben Healy a fechar o pódio, a 2.16.