André Correia é sinónimo de confiança. Com 25 anos, o internacional português é um dos talentos do futsal e tem ajudado o clube de Oeiras a trilhar o caminho certo.
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Ser guarda-redes não costuma ser o lugar preferido dos miúdos quando jogam à bola na escola. Contudo, há quem tenha essa preferência: André Correia, por exemplo, sempre teve essa vontade, muito por influência do pai. "Sinceramente, a baliza sempre me chamou e a bola esteve sempre presente na minha vida. O meu pai era guarda-redes de futebol e desde muito cedo que calçava as luvas dele e pedia-lhe para rematar", conta o lisboeta.
O tempo passou, o bichinho cresceu e André Correia tem cimentado o seu nome no futsal português. Com 25 anos, o guardião presenteia os amantes da modalidade com grandes exibições e é parte importante da grande caminhada do Leões Porto Salvo, que ocupa o quinto lugar da Liga Placard. "Tem sido uma temporada muito boa para nós, mas queremos mais. Apostámos forte e temos muita qualidade. O foco é carimbar a presença nos play-off de campeão e terminar esta fase regular no quarto lugar", entende o internacional português, que diz atravessar uma boa fase no plano individual. "Está a ser uma época de consolidação. Somos a defesa menos batida do campeonato e tenho trabalhado muito bem".
Que não restem dúvidas: André Correia é português, é jovem e tem talento. Um talento que se fez com trabalho, ambição e crença. Sonhos? Tem muitos. "Desejo dar o salto e voltar a vestir a camisola de um clube grande. Depois, quero expandir os horizontes e jogar em Espanha, Rússia ou Brasil. São culturas diferentes e sou muito aventureiro. Sonho em conquistar títulos internacionais e alcançar o cume do futsal mundial", assume o guardião.
Anos dourados de águia ao peito
André Correia esteve sete temporadas ao serviço do Benfica, clube onde venceu uma Liga Placard, três Taças da Liga, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. "Foram anos muito especiais e muito marcantes. Estava num contexto diferente e só tinha de crescer. Quando fui para lá, comecei logo a treinar com os seniores e ainda era miúdo, o que me deu uma motivação extra para seguir por este caminho", conta o guarda-redes.
A escadaria do sucesso
André Correia sabe que tem de "trabalhar muito" para chegar ao topo, mas não é isso que o vai demover, até porque o jovem não é alheio à responsabilidade de representar Portugal, pois é presença assídua nas convocatórias. É um orgulho? "Enorme!". O entusiasmo nota-se no tom de voz e na rapidez com que as palavras lhe saem: "Quando cantei o hino, fiquei todo arrepiado. A minha primeira internacionalização pela Seleção Nacional foi especial, não só pelo peso que teve, mas também pela visibilidade que me deu. Cumpri um sonho de criança", diz o lisboeta.
O internacional A português por quatro ocasiões tem vários ídolos assumidos: André Sousa, Vítor Hugo, Bébé, Guitta. Porém, há um que o fascina particularmente e com quem teve o prazer de partilhar a quadra. "O Juanjo é o maior deles todos. Fomos colegas no Benfica e ele é fenomenal. Ajudou-me imenso e é muito humilde. Quando o vi de perto, reparei logo que era um guarda-redes diferenciado. Trabalha no duro e não deixa que nada nem ninguém lhe tire o foco. Identifico-me com ele dentro e fora da quadra e é um grande exemplo para mim", remata.
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