Serão quatro etapas, cujo traçado pode ver na galeria acima, entre sábado e segunda-feira, com um percurso duro e a Caja Rural a somar-se às equipas nacionais.
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Afirmando-se como uma das maiores corridas nacionais entre os anos 1980 e 1990, o Grande Prémio O JOGO, que regressou em 2019, ligado à Leilosoc, está num crescendo que o leva em direção a esses anos de ouro. Aumentando as etapas a cada edição, a deste ano, entre os dias 23 e 25, terá quatro (e um total de 353,98 km), sendo uma delas em contrarrelógio.
A dureza continuará a caraterizar a prova, que no primeiro dia terá o "crono" em Pinhel e à tarde rumará a Trancoso, com duas montanhas nos 69,2 km, na Serra da Broca e em Casas Zabro, esta uma segunda categoria a 9,2 km da meta.
A etapa de domingo será uma medição de forças entre fugitivos e equipas de sprinters, para depois o dia 25 de abril ser celebrado com uma jornada memorável, uma ligação entre Celorico de Basto e Paredes que se iniciará com a subida do Viso, uma das mais temidas em Portugal, tendo quatro montanhas até ao final. Uma etapa rainha que promete ser das melhores do ano no ciclismo português.
A W52-FC Porto defenderá o triunfo da edição anterior, com José Neves, tendo como maior rival a Glassdrive-Q8-Anicolor de Luís Mendonça, vencedor em 2019. Mas também a nova Efapel terá argumentos, sem esquecer Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, Rádio Popular-Paredes-Boavista, Kelly-Simoldes-UDO, ABTF-Feirense e LA Alumínios-Credibom-Marcus Car.
Alinhando ainda as equipas de clube nacionais, a corrida voltará a ter uma formação estrangeira do segundo escalão mundial, a espanhola Caja Rural-Seguros RGA, ilustre sucessora de equipas como Kelme, Seur ou Festina-Lotus, que animaram o Grande Prémio O JOGO dos anos 1990.
1.ª etapa: O regresso do "crono"
Pinhel vai ser palco, no sábado, de uma novidade na mais recente fase do Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, ao ter um contrarrelógio.
Na década de 1990, o "crono" teve muitas vezes caráter decisivo, mas desta vez os 7,59 km iniciais, com perfil para grandes roladores, devem apenas fazer uma seleção de valores, já que as etapas seguintes têm caraterísticas que permitem fazer diferenças maiores.
Sendo maioritariamente disputado no interior da Cidade Falcão, o contrarrelógio terá 2,4 km em subidas ligeiras, tendo boa parte do percurso nas Avenidas Gago Coutinho e Carneiro de Gusmão, estando a meta instalada no topo desta última.
2.ª etapa: um concentrado de emoções
Uma das etapas capazes de selecionar os favoritos será também no sábado, com os 69,2 km entre Pinhel e Trancoso a terem duas montanhas propícias a ataques, a primeira na Serra da Broca (5,5 km) e a última delas, Casas Zabro, sendo uma segunda categoria curta, mas bastante inclinada, com o pico a 9,3 km do final.
Mas a verdade é que toda a fase final será dura, pois 9 dos últimos 16 km serão a subir. Como é tradição da corrida, será um dia para quem gosta de se lançar à aventura, em menos de duas horas de prova propícias a emoções fortes.
3.ª etapa: um possível sprint depois do sobe e desce
A terceira etapa, com partida (11h25) e chegada (14h50) em frente à Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, vai percorrer zonas lindíssimas e poucas vezes visitadas pelo pelotão profissional, com exceção de Viseu, onde a corrida passará pouco depois das 12h45.
Será uma etapa com 137 quilómetros de muito sobe e desce, mas tendo cedo as duas verdadeiras montanhas, ambas de terceira categoria: Vale de Azia ao km 27 e Nogueira ao km 81,3, as duas algo longas, mas com escassos pontos de grande inclinação.
Depois do esforço das duas etapas da véspera, será de esperar a formação de uma fuga, faltando saber se algumas equipas irão assumir a perseguição de forma a gerar um final ao sprint ou se os escapados terão autorização para andar até ao final.
4.ª etapa: a "rainha" começará cedo a doer
Vai partir da Praça Cardeal Dom António Ribeiro, em Celorico de Basto, às 12h30, e terminar em Paredes, na Avenida da República, pelas 16h04, a verdadeira etapa rainha do 10.º Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, já aguardada como um dos grandes momentos de ciclismo do ano, atendendo às dificuldades de uma grande clássica.
Os 140,2 quilómetros terão quatro contagens de montanha, uma de primeira categoria e três de segunda - totalizando 21,3 km de escalada -, mas as dificuldades nem sequer se esgotam aí, pois o dia terá um total de 38,4 km a subir, transpondo-se um desnível de 2360 metros.
Para tornar a jornada ainda mais complicada, o mais difícil surge logo ao km 22, no Viso. Para o prémio de montanha são considerados os 3,1 km finais, os mais complicados, mas a totalidade da subida é de 10,1 km a 6,1%, com um ponto máximo inclinado a 22%. Se existirem logo aí ataques à camisola amarela, a etapa será memorável. Isto porque depois ainda se subirá a Senhora da Assunção (6,5 km a 5,5%), o Cruzeiro (6 km, mas com os 2,4 km finais a 8,4%) e o Monte Azevido, já em Rebordosa, Paredes, com 2,8 km a 8,1%. Como daí à meta será um tiro - 13,4 km, com muita descida -, o vencedor final estará certamente entre os da frente quando se chegar ao alto. Valerá a pena ver!
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