Jogos Olímpicos podem admitir atletas ajoelhados no pódio – e será histórico
Comité Olímpico Internacional vai ouvir a comissão de atletas e pondera alterar a Regra 50, que proíbe gestos políticos ou religiosos
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Depois de ter ameaçado com a expulsão dos Jogos qualquer atleta que se ajoelhe no pódio como gesto anti-racista, o Comité Olímpico Internacional (COI) está disposto a alterar uma das suas mais famosas e polémicas regras - a 50 -, que proíbe atitudes de cariz político ou religioso.
Ajoelhar como forma de protesto contra o racismo foi um gesto tornado famoso por Colin Kaepernick no futebol americano e adotado nos protestos após a morte de George Floyd. Fazê-lo num pódio olímpico era algo de impensável, mas esta quarta-feira o presidente do COI, Thomas Bach, admitiu-o.
"Respeitamos a ideia de que os atletas possam expressar o seu apoio a causas cujos princípios estejam na Carta Olímpica", comentou Bach, que vai ouvir a comissão de atletas.
A atitude política mais famosa da história olímpica foi precisamente contra o racismo. Em 1968, Tommie Smith e John Carlos, primeiro e terceiro nos 200 metros, foram expulsos dos Jogos do México depois de no pódio terem erguido punhos com luvas negras, o gesto do Black Power.