Glassdrive-Q8-Anicolor afastou o corredor de Paredes para manter "o foco" na prova
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A Glassdrive-Q8-Anicolor esclareceu hoje que decidiu não fazer alinhar Luís Mendonça na 83.ª Volta a Portugal para "manter a serenidade dos seus corredores e o foco" na prova, reiterando que o ciclista "não foi constituído arguido em nenhum processo".
"A Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive-Q8-Anicolor, de forma a manter a serenidade dos seus corredores e o foco na Volta a Portugal em particular, cujo objetivo é vencer, decidiu não alinhar à partida com Luís Mendonça. Mesmo não havendo qualquer sanção que impeça o corredor de o fazer. Do mesmo modo, o Clube Desportivo Fullracing, que faz a gestão da equipa, não foi notificado sobre qualquer processo", lê-se no comunicado da equipa, enviado à agência Lusa.
A Glassdrive-Q8-Anicolor reforça que "Luís Mendonça não foi constituído arguido em nenhum processo e está completamente livre para correr seja em que prova for".
"Esta é uma tomada de posição que visa essencialmente proteger a imagem dos patrocinadores e parceiros da equipa, do próprio Luís Mendonça e evitar gerar ruído em torno da estrutura de Águeda", acrescenta a nota.
O corredor de 36 anos estava originalmente na lista de pré-inscritos da 83.ª Volta a Portugal, que arranca na quinta-feira, mas foi substituído hoje por Afonso Eulálio na lista final de inscritos.
"Mais informamos que o corredor Luís Mendonça não se encontra suspenso da equipa, até prova em contrário e tem contrato até 2024. O Clube Desportivo Fullracing enaltece desde já o gesto humano de Luís Mendonça, que abdicou da Volta a Portugal para proteger a sua equipa. Mesmo quando nada o impedia de correr", elogiou a formação de Águeda.
A PJ realizou na terça-feira buscas "em locais ligados a equipas de ciclismo" no âmbito da operação Prova Limpa com o objetivo "principal foi a recolha de prova, nomeadamente documentação".
Entre os ciclistas cuja casa foi alvo de buscas estão Francisco Campos, entretanto afastado da equipa Efapel, e Daniel Freitas, excluído da Volta a Portugal pela Rádio Popular-Paredes-Boavista.
Também hoje, João Benta (Efapel) revelou que foi afastado da Volta a Portugal, embora não seja arguido, por ter sido igualmente alvo de buscas, denunciando "indicações da organização e FPC [Federação Portuguesa de Ciclismo] dirigidas às equipas, que, de forma mais ou menos clara, pretendeu colocar no mesmo grupo todos os profissionais alvos de buscas, tenham eles sido ou não constituídos arguidos".
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