Os dois adeptos usam a mesma expressão para explicar as fases negativas que V. Guimarães e Braga atravessam. Torrinha fala de uma equipa psicologicamente desfeita e Miguel Pedro da pior primeira parte da época
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Para José João Torrinha, o problema do V. Guimarães "não era a atitude, mas está a ser". "Se havia imagem de marca da equipa, era a atitude. Mas, nos últimos jogos, o que se passa é uma depressão da equipa, sem reação, triste, psicologicamente desfeita. Não é propriamente uma questão de falta de empenho, mas sim um estado depressivo. A equipa está mentalmente doente; há ali um bloqueio mental inexplicável", analisa o adepto do V. Guimarães após o 11.º jogo consecutivo sem vencer. Um ciclo que motivou uma manifestação de desagrado da claque no empate (1-1) com o Estoril. "Tenho de compreender a frustração grande de assistir a uma fase tão negativa", diz.
Sem motivos para sorrir por estes dias também está Miguel Pedro, já que o Braga averbou a quinta derrota seguida fora de casa (sofreu 14 golos e só marcou um nessa fase). "O Braga está numa fase de dinâmica negativa. Parece que estão a aparecer-lhe os tais bloqueios de que fala o José João. Em abstrato, a época do Braga é boa, mas a quantidade de golos sofridos não é normal", comenta, com críticas duras para a exibição em Paços (derrota por 1-0). "Tirar o pé? Nem os vi meter o pé na primeira parte... Foi a pior primeira parte da época, nem com o Belenenses jogámos tão mal", refere, considerando que receção ao V. Setúbal é uma "final" na luta pelo quarto lugar.