Depois da goleada sofrida contra a Holanda, a Imprensa espanhola interroga-se sobre o estilo de jogo que tantas alegrias deu aos adeptos
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Depois da derrocada provocada pela goleada da Holanda (5-1), a Espanha tem dúvidas em relação ao "tiki-taka". Numa crónica do jornal "La Razón" intitulada "Fará sentido acabar com o nosso jogo de passe?", o jornalista lança um alerta: "Apaixonamo-nos por esta forma de jogar, mas temos de admitir que chegamos a um ponto em que até as cabras já se aborrecem".
O jornal "Sport" vai mais longe: "Para grandes males, grandes remédios. No seio da seleção espanhola, a ideia de abandonar o modelo tradicional do "tiki-taka" tem os seus adeptos". O "Público" faz eco no mesmo sentido: "A seleção pensa retocar o seu estilo para dinamizar a equipa".
Apesar de Juan Mata defender nas páginas do "Público" um estilo de jogo, "que já nos permitiu controlar a maioria dos adversários", Cesc Fàbregas reconhece haver outras formas de vencer.
O jornal "El País" é dos poucos que contraria a onda geral. "A passagem com sucesso por grandes cimeiras internacionais, nos últimos seis anos, incitam mais a reforçar certezas, do que a submetermos a seleção a uma cirurgia pesada".
Mas apesar de tudo, o jornal "Sport" garante que algumas alterações importantes vão ser feitas. "As vacas sagradas da Espanha já tremem" e se Casillas é apontado como certo na baliza, a verdade é que veteranos de "La Roja" como Xavi Hernández e Xabi Alonso arriscam-se a ver do banco de suplentes o jogo com o Chile.