"Não podemos ter um relvado cheio de coisinhas do espetáculo da Taylor Swift…"
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, após o triunfo sobre o Fluminense (1-0), na 37ª e penúltima jornada do Brasileirão, que deixa o “verdão” como campeão “virtual”.
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O estado do relvado sintético do Allianz Parque, estádio do Palmeiras: “Já que dizem que sou chato, digo que este relvado tem que ser trocado urgentemente. Não quero saber quem vai pagar, se a WTorre ou o Palmeiras, não quero saber. Este relvado não está em condições para se continuar a jogar futebol, neste momento é um risco para lesões de jogadores. Se eu tivesse no lugar do Fernando Diniz [treinador do Fluminense], teria feito exatamente o que ele fez [colocar futebolistas menos utilizados].”
O futebol brasileiro e a preferência sobre o relvado: “Se querem melhorar as condições do futebol brasileiro, há duas coisas que é urgente fazer: descanso mínimo de três dias para jogar no quarto e a qualidade do relvado, sintético ou não. Quando está top, este relvado é bom. O Palmeiras não consegue ter aqui um relvado natural, porque entendo que os shows são, sim, uma receita. Se perguntarem, é claro que prefiro o relvado natural, mas não dá para ter aqui.”
Os ‘danos’ provocados pelos espetáculos: “O que não podemos é ter um relvado cheio de coisinhas do espetáculo que fizeram da Taylor Swift, a quantidade de bebidas e tudo mais que deve cair ali dentro. O futebol brasileiro é muito intenso e exigente, tal como os espetáculos. Se eram dez anos de garantia, isso então era nos Países Baixos, onde jogam a cada 15 dias sem a poluição de São Paulo. Não tem mais como jogar aqui. Se jogarmos, virão as lesões. E, se vierem, eu avisei.”
A recuperação na tabela classificativa: “Estivemos a 13 ou a 14 pontos do Botafogo. Disse aos jogadores que, se largassem, eu seria o primeiro a largar. Se eu sentisse que eles iam largar o campeonato, eu também largaria. Essa foi a primeira coisa. E a segunda foi que tínhamos uma oportunidade de sair daqui, eu como melhor treinador e eles como melhores jogadores. São estes momentos que podem fazer com que cresçamos e voltemos ainda melhores. Acho que eles entenderam o que quis dizer.”
O título ‘virtual’ do Brasileirão: “É o jogo mais importante do ano, queremos carimbar este título, porque, neste momento, não somos campeões e queremos muito ser.”