ENTREVISTA - Luís Castro, treinador do Al Nassr, fala da passagem pelo Brasil, ao serviço do Botafogo
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Uma franja de comentadores e treinadores brasileiros contestam a aposta dos clubes em técnicos estrangeiros. Sentiu essa crispação nalgum momento?
-Para mim não há treinadores portugueses, brasileiros ou espanhóis. Há treinadores. É verdade que nalguns momentos me deram uma bicada, mas não levo isso em conta.
A verdade é que os portugueses têm sucesso, como provam as épocas realizadas por Abel Ferreira, Pedro Caixinha ou António Conceição. Qual o segredo da afirmação do treinador português no contexto brasileiro?
-Cada país tem a sua cultura, o seu entendimento do que deve ser um clube, a dinâmica coletiva do jogo. Não somos melhores nem piores, somos sim diferentes.
Nota-se que tem um comportamento mais reativo no banco desde que foi para o Brasil. Como explica isso?
-O contexto determina. Se estou num estádio a arder e a ser engolido pelo fogo, tenho de fazer contrafogo. Claro que mudei. Evito conflitos, mas não tenho medo deles. Vivo o jogo intensamente e o meu comportamento no banco é o reflexo disso mesmo, sem nunca ultrapassar os limites.