O central de 21 anos, colega de Maxi e Jonathan, esteve com os dois pés na Luz, mas o negócio abortou. Em entrevista a O JOGO, o jogador acredita que o futuro poderá recolocá-lo na rota do Benfica
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Um processo que meteu promessas não cumpridas e ameaças físicas (ver caixa) impediu Gastón Silva de seguir para a Luz. O ex-capitão dos sub-20 do Uruguai não perdeu o Benfica de vista e até tem conversado com Maxi e Jonathan sobre o clube que poderia estar a representar.
Em 2012, tinha tudo acertado com o Benfica, mas nunca chegou a vir...
-O tema Benfica é esse mesmo. Nunca tive problemas com o clube, chegou a estar tudo certo, mas houve interferências e a transferência nunca se concretizou. Entre o meu empresário e o clube surgiram problemas. Trocou-se muita informação mas depois nada foi avante. O empresário prometeu uma coisa e depois a realidade era outra. Cheguei a viajar para Lisboa, o contrato seria até 2015, mas, mais tarde, foram-me apresentadas outras condições. Eu e a minha família rompemos com o empresário e a transferência abortou.
Esses problemas foram entre o seu empresário e o Benfica? Ou com o Defensor Sporting, o seu clube no Uruguai?
-Entre os clubes estava tudo certo. A intromissão do empresário e a alteração nos valores acordados é que não deram confiança. Com o Benfica, pessoalmente, nunca tive problemas. E o presidente do Defensor esteve a par de tudo.
Espera que um dia seja possível jogar no Benfica?
-Obviamente! Se o Benfica me quiser, será com muito gosto. É um clube lindo e tem sempre boas equipas.
O Maxi e o Jonathan já lhe falaram do Benfica?
-Claro, falamos várias vezes. Eles destacam sempre a grandeza do clube e mostram-me como é importante jogarem numa equipa assim. Sentem-se cómodos, felizes e afirmam que é uma experiência única.
Lamenta não ter vindo...
-O futebol também é isto e agora estou entusiasmado com a experiência em Itália.
Falando agora de si: como estão a correr as coisas no Torino?
-Lindo! Entrei bem na equipa e acho que me adaptei ao futebol italiano. Tenho jogado com alguma regularidade e continuo a crescer.
E a seleção? Está de novo convocado...
-Sim, já joguei uma vez e continuo a integrar o grupo, o que é fundamental.
Mas nos sub-20 é que festejou!
-Fomos vice-campeões do mundo [2013] e tratou-se de um momento único, até porque era o capitão de equipa. É uma linda recordação.
Acredita que pode estar na Copa América?
-Todos os jogadores o desejam. Sonhamos com isso e em defender o título, que é do Uruguai. Vamos sempre honrar a nossa camisola.
O seu futuro...
-Quero crescer como pessoa e como jogador. Sou jovem, tenho mais quatro anos de contrato com o Torino e acho que o futuro pode ser muito bom, desde que trabalhe e me aplique. E representar a seleção dá-me mais força. É isso que eu também quero: estar sempre na seleção do Uruguai.