Fim do jejum de golos, aposta no onze e a saída de Fran Navarro reforçam a posição do atacante. Espanhol continua a ter interessados no exterior, mas o reforço do ataque não está nas previsões dos dragões no imediato e, no melhor cenário, Taremi só regressa à Invicta da Taça Asiática no fim do mês.
Corpo do artigo
A oportunidade que tanto esperava desde agosto chegou e Toni Martínez tem feito os possíveis para a rentabilizar ao máximo. Apontado à saída até ao fim do mês de dezembro, o espanhol ganhou uma nova vida com a partida de Taremi para a Taça Asiática e viu a posição no plantel reforçada com o empréstimo de Fran Navarro ao Olympiacos.
A aposta como titular em dois jogos consecutivos foi recebida como um sinal de confiança de Sérgio Conceição e a resposta surgiu sob a forma de um golo na sexta-feira, fundamental para o FC Porto conquistar um ponto no dérbi com o Boavista. Há cinco meses que Toni não experimentava sensação semelhante, apesar de chegar a esta fase como o segundo avançado que menos tempo precisa para faturar (152 minutos), atrás de Evanilson (107’) - o atual parceiro de ataque - e à frente de Navarro (279’), Taremi (307’) e Namaso (389’).
A importância entretanto assumida, combinada com a perda de dois elementos, levou a porta de saída a fechar-se nesta fase para Toni Martínez. Com o reforço do sector atacante longe de ser uma prioridade para o FC Porto no imediato, bem como a ausência de Taremi até bem perto do final do mês ou mais - poderá voltar só em fevereiro -, transferir o espanhol afigura-se muito difícil de ser autorizado no atual contexto, por mais interessados que existam no exterior. Tudo o que Toni sempre quis foi ter uma utilização tão regular como agora, além de o projeto desportivo dos azuis e brancos ser bem mais aliciante do que o oferecido pelos potenciais compradores (Union Berlim, Udinese, Bolonha e Génova, entre outros).
Em tempo de “vacas magras”, como lhe chamou Conceição recentemente, o “renascimento” de Toni Martínez poderá ser um reforço importante para o FC Porto durante este mês. Basta que dê continuidade ao momento.
Toni Martínez tornou-se, como o golo apontado ao Boavista (1-1), o melhor marcador espanhol de sempre do FC Porto. O avançado chegou aos 31 remates certeiros e ultrapassou o compatriota Marcano que, devido a uma grave lesão, parou nos 30. Óliver Torres, com 12 golos, fecha este pódio. Na história do FC Porto, sublinhe-se, são 16 os jogadores espanhóis que representaram o clube. José Dieste, atualmente com 94 anos, foi o pioneiro, em 1954/55. Iván Jaime, Fran Navarro e Nico González são os mais recentes, todos reforços nesta época.