O Benfica quer recompensar as boas exibições do internacional sub-23 brasileiro, que é dos mais mal pagos no plantel.
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As exibições de Ederson na baliza do Benfica vão ser premiadas pelo presidente Luís Filipe Vieira, estando a SAD que comanda a preparar um prémio de desempenho sob a forma de revisão salarial em alta. A elogiada atuação em Munique, impedindo o Bayern de dilatar o 1-0 e ajudando a manter as águias na corrida às meias-finais da Champions, reforçou a intenção de compensar o brasileiro, ele que no início de março rendeu o lesionado Júlio César. Na fila da melhoria de remuneração, como O JOGO antecipou, está também Lindelof, outro talento em afirmação.
Tendo assinado pelo Benfica até 2020 no último defeso, após passagem pelo Rio Ave, Ederson ficou a receber, sabe O JOGO, 200 mil euros/brutos por ano, quantia que o coloca entre os menos bem pagos do plantel. O que se compreende na conjuntura em que regressou ao clube onde fizera parte da formação: em maio do último ano, voltava para fazer sombra a Júlio César, mas principalmente como aposta para o futuro.
A lesão de Júlio César, no entanto, abriu uma janela de oportunidade que Ederson não desperdiçou: a estreia em Alvalade, para o campeonato, frente ao Sporting, foi de qualidade superior, sendo essa imagem reforçada ante Zenit, Tondela, Boavista, Braga e, anteontem, no Allianz Arena, frente ao colosso Bayern.
Seguro, o internacional sub-23 brasileiro fez uma exibição que até impressionou Pep Guardiola, com o técnico dos bávaros a destacar qualidades do guarda-redes, entre as quais o... jogo de pés e a facilidade com que coloca bolas longas jogáveis, nomeadamente com o esquerdo. Ederson foi mesmo o mais jovem guardião em campo na primeira mão dos quartos de final da Champions e também o menos cotado no mercado. Segundo o sítio "Transfermarkt", o camisola 1 das águias está avaliado em 1,2 milhões de euros, enquanto, por exemplo, o titular do Bayern, Manuel Neuer, vale 45 milhões.
Mas não será somente Guardiola, futuro treinador do milionário Manchester City, a avaliar Ederson e a tê-lo debaixo de olho, para mais evoluindo o guardião numa montra como a Liga dos Campeões. Blindado por uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, está em vias de obter a nacionalidade portuguesa -- acontecerá até ao fim da época, apurou O JOGO --, detalhe que constituirá uma mais-valia, para o jogador - chegou a Portugal em 2009 - e também para o Benfica, no mercado e no contexto de uma eventual transação. Sendo comunitário, já não ocupará vaga de estrangeiro nas outras grandes ligas.
Outro potencial fator de valorização será a participação nos próximos Jogos Olímpicos, no Brasil, onde é favorito à titularidade na seleção canarinha. O Benfica está atento e não descartará um bom negócio, à semelhança do que sucedeu com Oblak: no verão de 2014, o esloveno saiu para o Atlético de Madrid por 16 milhões, poucos meses depois de agarrar a baliza das águias.