Afastado dos relvados desde novembro, o capitão encarnado abre a porta ao regresso à competição num futuro próximo, mas já pensa em tornar-se técnico, a exemplo de Toni e Humberto Coelho
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União é a palavra que melhor define o ambiente no seio do plantel encarnado. Pelo menos, a julgar pelas palavras do capitão Luisão: há quatro meses afastado dos relvados, devido à grave lesão no braço esquerdo sofrida no dérbi da Taça de Portugal com o Sporting (21 de novembro), o central faz questão de frisar bem esse sentimento na equipa. "Eu não estive, nem estou, fora. Tal como o Salvio nunca esteve fora. No Benfica estamos todos dentro, o Benfica é um todo", ressalvou, à margem da apresentação da pós-graduação que frequentará na Faculdade de Motricidade Humana (ver caixa).
No mesmo tom, Luisão deixou elogios para toda a equipa e atirou-se a quem, há uns meses, reservava palavras negativas em torno do grupo. "Quem tem jogado tem-no feito muito bem. Conseguimos superar as críticas e mostrar que era possível estar bem, independentemente de quem joga", realçou, mostrando-se confiante num rápido regresso aos relvados: "Estou cada vez mais próximo de voltar. Ansioso por isso."
Por agora, enquanto não volta à equipa, Luisão vai focar-se na referida pós-graduação, destinada ao treino de alto rendimento. Ainda assim, garante estar muito longe de se retirar dos relvados.
"Até aos 40 anos, o meu mestrado é no campo, a treinar e a jogar [risos]! Para já, só quero melhorar como atleta, mas, depois disso, vir a ser treinador é uma possibilidade. Para isso é que me vou preparar a partir de agora. Mas isso ainda é lá bem para a frente", disparou o brasileiro, dando o exemplo de Humberto Coelho e Toni (ambos presentes no evento) como atletas de excelência que depois se tornaram também treinadores de sucesso.
Longe do pensamento de Luisão está ainda a possibilidade de, um dia, vir a treinar o Benfica. "Por agora, só quero jogar pelo Benfica e fazer o meu papel como atleta e capitão. Se funciono como um adjunto no campo? Não, procuro manter-me longe disso. É necessário saber separar as coisas", sentenciou.