O Estoril está a dois pontos do último lugar de acesso às provas europeias - ocupado pelo Paços de Ferreira - e a vitória, justa, sobre o Marítimo revelou uma equipa a respirar confiança
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Em Dia da Mãe, foi o filho do papá Bebeto, antigo craque brasileiro, a resolver um jogo que parecia intrincado para os estorilistas. Após dois jogos de fora, a recuperar de lesão, Mattheus foi o analgésico para todas as dores canarinhas, ao sofrer a grande penalidade que daria o empate e a fabricar o lance do golo do triunfo da equipa, possibilitando ao Estoril manter-se no trilho europeu, à distância de dois pontos.
O Estoril não foi, porém, só Mattheus. Foi alma e suor, determinação e qualidade. E, sobretudo, capacidade para reagir às adversidades. Logo no primeiro minuto, pareceu ter ficado por assinalar uma grande penalidade por carga de Maurício sobre Bonatini. Como um mal nunca vem só, Plessis estreou-se a marcar na competição e logo num excelente movimento de cabeça, em pleno coração da área anfitriã. E só ainda tinham passado cinco minutos de jogo. O jogo prometia, para gáudio dos quase cinco mil espectadores nas bancadas. Com Mattheus em grande forma e com os laterais plenos de pujança nas subidas ao meio-campo contrário, o Estoril acercava-se com facilidade da área maritimista, criando várias situações passíveis de finalização. Mattheus atirou ao poste (11"), viu um golo ser-lhe anulado por pretensa carga sobre um adversário (32") e chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento de Felipe Augusto (42); enquanto Diakhité (37") falhou, de cabeça, por muito pouco. A maré amarela manteve-se após o descanso e os golos surgiram no espaço de três minutos: Bonatini marcou o seu 16.º golo na I Liga, agora de penálti, após carga de Dirceu sobre Mattheus. Pouco depois, Mendy, na cara de Salin, acertou à segunda. Estava consumada a reviravolta num jogo de sentido único: o europeu.