André André sonha ser capitão do FC Porto e não esquece o golo assinado ao Benfica na final da Taça de Portugal em 2012/13. Repetir a conquista, mas pelo clube do coração, é agora uma obrigação
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Convidado pela marca que veste a Seleção Nacional (Nike) a servir de modelo aos novos equipamentos de Portugal, André André recusa pensar que isso seja um indicador de que estará no Euro"2016. Continuar a trabalhar com afinco, refere nesta entrevista a O JOGO, será fundamental para convencer Fernando Santos e, quem sabe, terminar a época com títulos conquistados. Seria, de resto, uma forma de começar a encurtar distâncias para o pai, até porque gostava de concluir a carreira próximo do número de troféus ganhos por António André. Os elogios recebidos de Danilo, as ambições na equipa das Quinas e os gostos culinários antes de um jogo também tiveram espaço numa conversa espalhada pelas próximas páginas.
Estreia na Seleção Nacional, estreia na Liga dos Campeões, regresso ao FC Porto... 2015 foi um ano em cheio a nível pessoal. O que seria necessário para que 2016 o supere?
Foi, realmente, um ano muito bom, mas, como sou muito exigente, nunca me contento e estou sempre à procura de melhor. Por isso, gostava que 2016 fosse melhor. O FC Porto ainda tem vários jogos pela frente, em várias competições, e na Seleção Nacional espero ser chamado para o Europeu de França. É para isso que vou trabalhar.
Como avalia a época que tem realizado? É comparável com a que fez em 2014/15, quando apontou 13 golos pelo Vitória de Guimarães?
Mas dez foram de penálti... [risos] Acho que está a correr bem. Esta época, estou a jogar em posições mais à frente do que estava habituado e isso permite-me estar mais próximo da baliza e ter a oportunidade de fazer mais golos de bola corrida. Tenho conseguido adaptar-me a essas posições, sinto que tenho dado o meu melhor e espero chegar ao final da época com títulos conquistados pelo FC Porto.
Que significado tem para o André estar na final da Taça de Portugal pelo clube do coração?
Acima de tudo, acho que era uma obrigação nossa lá estar. O FC Porto tem de ganhar todas as competições em que participa e a Taça de Portugal não foge a essa regra. Felizmente já estive no Jamor uma vez e ganhei [2012/13, ao Benfica]. E agora espero repetir a vitória com o FC Porto. A Taça de Portugal é uma competição muito bonita, não é todos os dias que se vai a uma final e, por isso, temos de aproveitar todas as oportunidades.
Imagina-se a capitanear o FC Porto, um dia?
Imagino. Desde miúdo que fui capitão das equipas por onde passei, já fui capitão nos seniores do Varzim e do V. Guimarães. Por isso, quem sabe se também não serei um dia no FC Porto.
Qual foi o melhor momento no FC Porto até agora?
[risos] Toda a gente fala nesse momento e sabe qual é: foi o golo contra o Benfica. No entanto, esses momentos não importam. O fundamental é que a equipa chegue ao fim e ganhe. Se me perguntassem se trocava todos os golos que marquei até agora por títulos, responderia de imediato que sim. São os momentos coletivos que marcam carreiras e não os individuais.
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