O aviso de Villas-Boas sobre o futuro: "Não posso responder com franqueza"
A forma como o presidente do Marselha procedeu a mudanças na estrutura não agradou ao treinador português
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Jacques-Henri Eyraud, presidente do Marselha, anunciou recentemente a chegada de Paul Aldridge à estrutura diretiva do Marselha.
De acordo com o líder do clube, o novo elemento tentará facilitar vendas de passes de jogadores, especialmente para Inglaterra, mas a Imprensa francesa escreve que poderá colocar em risco a continuidade de Andoni Zubizarreta, diretor desportivo.
André Villas-Boas explicou esta quarta-feira que não foi informado pessoalmente desta entrada no clube.
"Vim para aqui em primeiro lugar pela grandeza do clube e, em segundo, por Zubizarreta. Já disse que o meu futuro está intimamente ligado ao futuro dele. Conseguimos trazer estabilidade a um dos clubes mais instáveis do mundo em termos desportivos e emocionais e na suas relações com a Imprensa e os adeptos", sublinhou André Villas-Boas, enigmático quando questionado se sairia do clube do final da época.
"Devia responder com franqueza, mas não posso. Tenho de ter cuidado com o que digo. Vocês sabem que eu sou um homem do mundo. Deixei o meu cargo de treinador na China, onde me pagavam 12 milhões de euros, para ir para o Dakar em 2018. Estava mais perto de ir para o México ou para a Argentina do que voltar à Europa e assinar pelo Marselha. Mas vim pela minha relação com o Zubizarreta. Se levarem isso em conta, já têm a vossa resposta."
O antigo treinador de Académica, FC Porto, Chelsea e Tottenham reconheceu que foi muito bem recebido em França, onde se sente "feliz", mas deixou todas as hipóteses em aberto:
"Para mim o futebol é viver boas experiências. Não tenho limites geográficos. Posso treinar no Japão ou no Brasil. O projeto e as relações de confiança são a minha forma de viver."