Football Leaks: Manchester City punido com duas épocas fora das provas europeias
Falhas "graves" no cumprimento das regras de licenciamento e do fair play financeiro estão na origem da suspensão aplicada ao clube inglês, que é passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto.
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A UEFA anunciou, esta sexta-feira, a exclusão do Manchester City das competições europeias por duas temporadas (2020/21 e 2021/22), bem como a aplicação de uma multa de 30 milhões de euros por irregularidades "graves" no cumprimento das regras de licenciamento e de fair play financeiro. Além disso, o clube inglês "não cooperou na investigação deste caso". Esta decisão é passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto. O Manchester City, atualmente no segundo lugar da Premier League, já fez saber que pretende recorrer.
As irregularidades atribuídas ao Manchester City contam-se entre os esquemas denunciados pelo Football Leaks, da responsabilidade de Rui Pinto, o pirata informático detido preventivamente pelas autoridades portuguesas, no âmbito de um processo movido pelo fundo de investimento Doyen. Foi ele a fonte da revista alemã Der Spiegel, que, em 2018, publicou correspondência eletrónica que permitia perceber como o Manchester City urdira um esquema para apresentar ao comité de Controlo Financeiro da UEFA números falsos relativamente às receitas de patrocínio, entre 2012 e 2016, de forma a controlar as regras de fair play financeiro.
Em maio, quando foi formalmente acusado o Manchester City negou quaisquer irregularidades, em vão. Hoje, foi notificado pela Câmara Adjudicatória, presidida por Cunha Rodrigues - o ex-Procurador Geral da República é quem lidera o comité de Controlo Financeiro da UEFA e, por inerência, o órgão que decide os casos apresentados pelos investigadores.
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