Em causa estão os incidentes da segunda mão dos oitavos de final da edição passada da Liga Europa, entre Rangers e Slávia de Praga, na qual Glen Kamara, médio dos escoceses, acusou Ondrej Kudela, central dos checos, de comportamento racista
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Segundo o jornal Daily Record, Kudela, que sempre negou ter adotado um comportamento intolerante no jogo em questão mas que, após o sucedido, cumpriu um castigo de dez jogos atribuído pela UEFA devido ao uso de linguagem racista, não vai enfrentar julgamento na Escócia.
Também Glen Kamara, médio finlandês do Rangers que se envolveu numa altercação com Kudela após o jogo e que, alegadamente, terá esmurrado o central de 34 anos no túnel do Estádio Ibrox, tendo por isso cumprido um castigo da UEFA de três jogos, não irá enfrentar qualquer processo criminal.
Em declarações à Sky Sports, o advogado de Kamara, Aamer Anwar, revelou que o jogador se encontra satisfeito por não ter de enfrentar a justiça devido ao caso e mostrou-se "desapontado" com a postura de Kudela.
"O meu cliente Glen Kamara está satisfeito por, após submissões efetuadas à Coroa e consideração cuidada das provas, não enfrentar qualquer procedimento criminal. A UEFA já impôs um castigo de dez jogos ao Sr. Kudela na base de provas apresentadas que o consideram como culpado de comportamento racista em relação ao Glen. Continua a ser desapontante que o Sr. Kudela escolheu não aparecer pessoalmente na esquadra policial escocesa para responder às alegações de abuso racial, assim ele teria tido a oportunidade de se defender em tribunal. [Essa escolha] impõe a questão: "Porque não [o fez]?", questionou Anwar.
"A Coroa aconselhou o meu cliente de que acreditavam que havia provas suficientes para justificar um processo criminal mas que, como o Sr. Kudela enfrentaria vários procedimentos jurídicos, que a extradição não era uma opção viável para as autoridades escocesas", esclareceu o advogado, reiterando que Kamara está "grato pelo apoio dos companheiros de equipa, do clube e dos adeptos" e que apenas pretende regressar ao futebol. "O racismo não deve ter espaço para se esconder no futebol", concluiu o advogado.
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