Adjunto ucraniano deixa Dínamo de Moscovo, visa Putin e diz: "Teria uma arma na mão..."
O ucraniano Andriy Voronin, treinador adjunto do Dínamo de Moscovo, chegou a acordo com o clube para deixar o cargo
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O ucraniano Andriy Voronin, treinador adjunto do Dínamo de Moscovo, chegou a acordo com o clube para deixar o cargo devido à invasão do seu país por parte da Rússia. O ex-futebolista, nascido em Odessa há 42 anos, entende que não existem possibilidades de continuar num país que está a destruir as cidades da Ucrânia e a matar civis.
"Continuaremos a lutar e vamos ganhar, mas o preço será muito alto. Tantos mortos... Vivemos em 2022 e não no período da II Guerra Mundial. Tenho amigos em Járkov, em Kiev e em Odessa, a minha cidade natal. Vou recebendi mensagens a cada cinco minutos, é difícil de aguentar. Quero ajudar com dinheiro ou com o que for possível. Não sei se deveria dizer isto, mas se estivesse na Ucrânia agora mesmo, provavelmente tinha uma arma na mão", disse Voronin, que entretanto já deixou a Rússia.
Voronin regressou à Alemanha, país onde vive a sua família e fez praticamente toda a sua carreira, jogando por clubes como o Borussia Mönchengladbach, Mainz, Colónia, Bayer Leverkusen, Hertha Berlim e Fortuna Dusseldorf. O ucraniano também representou o Liverpool e o próprio Dínamo de Moscovo.
Sobre o presidente da Rússia, que no final de fevereiro deu a ordem de invasão da Ucrânia, o antigo adjunto do Dínamo de Moscovo foi muito claro: "Putin? Talvez queira estar nos livros de história, mas no máximo vai estar como um criminoso. Parem esse filho da... Ajudem os refugiados e enviem armas para que nos possamos defender", afirmou ao jornal alemão Bild.
"Há quatro dias que não me sinto bem. Quando vejo as fotos do meu país, nas notícias, é surreal como um filme. Um filme de terror. Não tenho palavras", finalizou.
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