Na segunda-feira, o emblema de Gelsenkirchen anunciou a rescisão de contrato de patrocínio com aquela empresa, face à invasão da Ucrânia pela Rússia.
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A venda de camisolas do Schalke 04 sem o logótipo da Gazprom disparou esta terça-feira, depois de o emblema da II Liga alemã ter rescindido a ligação à empresa estatal russa de produção e distribuição de energia.
Recorde-se que na segunda-feira, o emblema de Gelsenkirchen anunciou a rescisão de contrato de patrocínio com aquela empresa, face à invasão da Ucrânia pela Rússia, já depois de, na quinta anterior, ter decidido, perante a escalada da ofensiva russa na Ucrânia, retirar dos equipamentos oficiais todas as referências à Gazprom, patrocinador principal desde 2007.
"O interesse pela camisola especial com o logótipo Schalke 04 [em vez do nome do patrocinador] é gigantesco. Isso levou a uma saturação da loja online", informou o clube, em comunicado.
Segundo o atual quinto colocado da Bundesliga2, a camisola, que custa 69,95 euros, pode ser encomendada, agora, através de um formulário, sendo que, caso a procura exceda as 7.000 unidades disponíveis, haverá um sorteio entre os interessados.
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O contrato com a "gigante" russa, que também patrocinava a Liga dos Campeões, prolongava-se até 2025 e proporcionava um encaixe anual de nove milhões de euros (ME) ao clube alemão, valor que poderia aumentar para 15 ME em caso de subida à divisão principal (Bundesliga).
"A capacidade financeira do clube não será afetada por esta decisão", assegurou o Schalke 04, assinalando que "a direção acredita que poderá apresentar muito em breve um novo patrocinador".
No fim de semana, o Borussia Dortmund, clube da Bundesliga, cuja cidade dista 25 quilómetros de Gelsenkirchen, deixou a entender que poderia prestar ajuda financeira ao Schalke 04, face à rotura com a Gazprom.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
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