Treinador considera que o título ganho na China foi o mais marcante na carreira e já tomou a decisão de aceitar o convite para continuar no clube
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Vítor Pereira fez história este ano ao conduzir o Shanghai SIGP ao título na Superliga chinesa, o primeiro de sempre do clube e que quebrou a hegemonia do Guangzhou Evergrande, que era heptacampeão. Em entrevista à Sport TV, o técnico português revelou em primeira mão que vai continuar na China, aceitando o convite para renovar que lhe fora feito há mais de dois meses, ainda antes de celebrar o título.
"Já cheguei a acordo. Antes de sermos campeões, avaliaram o meu trabalho e há cerca de dois meses e meio convidaram-me para renovar. A decisão está tomada, sei que vai voltar a ser um ano difícil, no clube não querem entrar em loucuras por terem sido campeões e os rivais vão investir muito dinheiro, sobretudo o Evergrande", explicou Vítor Pereira, justificando depois a sua decisão: "Será complicado, mas dentro de um quadro que conheço e prefiro assim, apesar de ter tido outras possibilidades. Terei de mudar um pouco a minha estratégia em relação à minha carreira. Tenho saltado muito de lugar para lugar. Tenho de estabilizar um pouco, consolidar o meu trabalho e passar para outro patamar. É esse o grande desafio."
Sobre a primeira época na China sublinhou: "Quando fui para SIGP objetivo era ganhar um de dois títulos: Taça ou campeonato. Mas não podemos comparar o SIGP, ou qualquer dos outros clubes, com o Evergrande, que é de outra dimensão. Daí que tenha sido uma grande festa esta conquista, foi o primeiro campeonato ganho pelo clube e numa cidade, Xangai, onde o nosso rival Shenhua já tinha ganho. Conseguimos o título quebrando a hegemonia de quem ganhava há sete anos seguidos porque criou condições para ganhar muitas vezes."
Campeão duas vezes no FC Porto e uma na Grécia com o Olympiacos, Vítor Pereira admitiu também que este "foi o título mais difícil de todos", explicando: "Os do FC Porto também foram, até porque os conseguimos contra um Benfica muito forte. Mas no FC Porto já ganhou muita gente, aqui nunca ninguém tinha ganho. Foi marcante por isso."