Vítor Pereira: "Cresci num clube ganhador, onde um empate é uma derrota e duas seguidas são um desastre"
Declarações de Vítor Pereira, treinador português do Al Shabab, ao site espanhol "Relevo"
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Formação no FC Porto: "Fiz a minha formação no FC Porto, um grande clube europeu. Formei-me para ganhar, sempre. Passei oito anos lá para ganhar e lidar com a pressão. Aqui na Arábia adora-se o futebol, mas não se sente a mesma pressão que no FC Porto, no Fenerbahçe ou no Olympiacos, embora se sinta a paixão. Cresci num clube ganhador, onde um empate é uma derrota e duas derrotas seguidas são um desastre. Eu aguento esta pressão, mas a paixão é o meu combustível. Preciso de senti-la, e é por isso que as decisões da minha carreira foram quase sempre baseadas nesse tipo de contexto. É assim que vivo o futebol. Assim que sinto as borboletas na barriga, fico entusiasmado. É a energia de que preciso para dar a minha melhor versão."
Futebol é como uma droga: "Sou viciado em futebol, é como uma droga, preciso dela todos os dias. Tomá-la é a energia que me faz viver, planear. É como ver uma criança a crescer. Estou a tentar encontrar uma obra de autor, um futebol que tenha resultados, mas que jogue com grande qualidade. Não é só ganhar, é jogar com qualidade e desfrutar, para os adeptos e para os jogadores. Criar esse futebol é como criar um filho. Tenho de o ver crescer todos os dias."
Reuniões com Sevilha e Almería: "Tive reuniões com o Sevilha e o Almería. Não foi o momento certo, estivemos muito perto de assinar, mas o Sevilha optou por outro [treinador]. Ao Almería fui eu que disse que não, entendia que não era o projeto mais adequado aos meus objetivos. O Sevilha é um grande clube, gostei muito das ideias, mas acabaram por optar por outro treinador."