Vítor Pereira: "A paixão transformou-se em droga. É como se estivesse a ressacar"
Declarações de Vítor Pereira no "Thinking Football Summit", evento da Liga que termina este sábado no Porto
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Vítor Pereira, presente este sábado no painel "A ascensão do treinador de futebol português", juntamente com Carlos Carvalhal e Paulo Sousa, no "Thinking Football Summit", evento da Liga que decorre no Porto, comparou o futebol a uma droga, uma vez que é "uma coisa aditiva".
"Acho que sabia muito mais há dez anos do que sei hoje. Hoje tenho muito mais dúvidas, acho que há muito mais caminhos. Eu costumo dizer que o futebol era uma paixão tremenda, uma coisa que não me deixava dormir... as borboletas, uma coisa incrível. Hoje, por tanta desilusão que levamos, a paixão transformou-se um bocadinho em droga. Hoje é mais uma droga", começou por dizer.
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"Mas é uma droga que sem ela ainda não consigo viver. Consigo estar dois meses sem ela... Por exemplo, esta experiência no Flamengo... Os dois primeiros dois meses [depois de sair] foram horríveis para mim, hoje estou um bocadinho mais estabilizado. Mas é como se estivesse a ressacar uma droga. É o que o futebol significa para mim neste momento. É um misto de paixão e de uma coisa aditiva, uma coisa que eu não consigo desligar. Parece que estou presente, em casa, mas a minha cabeça está noutro mundo. Por isso é que esta coisa do futebol é... é única. E vamos morrer assim", concluiu.
Carlos Carvalhal não resistiu a responder: "Para não ficar como o Vítor, eu faço umas paragens de vez em quando, que eu não quero ficar assim. Prefiro parar de vez em quando. Isto mói a cabeça às pessoas."
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