Rigor dos centrais no Portugal-Espanha deu brilho à lucidez de Vitinha
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Diogo Costa 7
Espanha bem tentou, mas não o apanhou em falso. Aos 53" defendeu, com bons reflexos, por cima da trave, na defesa mais apertada do jogo.
Diogo Dalot 6
Fez uma primeira parte algo apagada, sem muitas iniciativas de ataque e algumas dificuldades em travar a entrada de Espanha na área portuguesa. Compreende-se, pela frente teve o endiabrado Cucurella, cuja pilha parecia nunca acabar. Na segunda parte percebeu melhor o posicionamento que devia ter para travar o oponente.
Diogo Queirós 7
A atração que a bola tem à sua cabeça não é novidade. E isso salvou Portugal de alguns dissabores... isso e, claro, a atenção do central luso. A cabeça também apareceu na área contrária, de bola parada, mas ontem não era dia de Queirós marcar.
Ainda na primeira parte, travou o ímpeto de Brahim Díaz, aos 32", sem vacilar.
Diogo Leite 7
Tal como o companheiro de dupla no coração da área, aguentou a pressão espanhola sem cometer erros e com a atenção no máximo, tanto com os pés como nas alturas.
Abdu Conté 5
Na sua estreia pela seleção de sub-21, não foi genial, mas também não comprometeu a missão destinada. Saiu a construir pela linha poucas vezes, embora o tenha feito com rigor no momento de soltar a bola e acertividade no passe.
Daniel Bragança 6
Ficou patente a sua qualidade de passe e de pensar o jogo, bem como a capacidade de aguentar as faltas.
Gedson Fernandes 5
Numa tarde pouco inspirada, teve alguns passes errados que podiam ter comprometido, compensou nas coberturas a meio campo.
Fábio Vieira 7
Experimentou algumas mudanças posicionais ao longo do jogo e cumpriu em todas, tentando ligar o meio campo ao setor ofensivo. Acabou por ser determinante na passagem à final, num lance em que, após uma receção perfeita, tenta colocar a bola em Tiago Tomás, Cuenca foi infeliz no ressalto e colocou a bola dentro da baliza.
Rafael Leão 6
Alternou momentos de eclipse com rasgos de genialidade, como aos 29". Mingueza até trocou os olhos!
Dany Mota 6
Fez uso da boa leitura das movimentações, no apoio, da equipa, e nas receções dentro da área, onde só falhou a emenda ao passe de Leáo, aos 29". Além disso, ajudou defensivamente sempre que foi necessário.
Florentino 5
Funcionou como pivô nos passes, a ajudar a dar tempo com bola à seleção, num período do jogo em que se exigia consistência e sangue frio a Portugal.
Tiago Tomás 6
Arrancou quando tinha de o fazer, e estava na área, no lance do golo, mas não precisou de atacar a bola.
Romário Baró 5
Sem muito espaço para se evidenciar, bem marcado pelos atletaas do meio campo oponente, acabou remetido a funções defensivas.
Jota 5
Deu alguma criatividade à ala, numa altura em que a Espanha estava por cima no jogo, e terminoua defender, sem abrir mão de criar perigo, quando o adversário deu espaço.
Pedro Pereira -
Entrou para ajudar a segurar a presença na final, nos últimos minutos do jogo, e encorporou a linha defensiva.
Vitinha: 8 Se calhar, já lhe tiravam o diminutivo
Num jogo difícil para Portugal, Vitinha foi sempre o maestro da armada lusa. Ou seja, foi o médio quem orientou o sentido de jogo. Prova disso é que foi de Vitinha o primeiro remate da equipa nacional (6") e menos de 10 minutos após a primeira tentativa, o guardião espanhol teve de se aplicar para lhe negar o golo. Para além disso, procurou dar largura ao jogo de Portugal, mostrando a sua classe nos passes longos. Foi assim que descobriu Fábio Vieira, à direita, no lance do golo de Portugal, que coloca a seleção na sua terceira final de sub-21. Por isso, Vitor Ferreira tem pouco de Vitinha e muito de vitória.