A vontade de trabalhar no país onde o filho joga e o neto vive foi determinante para Fernando Valente
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Sobre a ligação recente ao Arema...o técnico Fernando Valente explica a mudança "Foi algo decidido na véspera, ia passar férias ao país e aproveitar para visitar o meu filho. Era algo que estava a ser ponderado, tinha recusado convites de Portugal na expectativa de receber uma proposta da Indonésia. Aconteceu e estou num país que gostava de experimentar, até pela sua envolvência, mas claro por ficar ao lado do meu filho e do meu neto. Foram motivos fortes para aceitar este repto, a cidade do Zé é muito próxima. São sensações boas!", conta.
"É um contexto muito diferente de todos os outros, condições nada fáceis. Entrei neste campeonato pela porta dos fundos, pelo último classificado. Um clube, ainda por cima, ligado a uma grande tragédia, obrigado a jogar fora da sua cidade, viu o estádio ser demolido pelo governo para dar lugar a outro, não podendo ter fãs nos seus jogos. Estamos sempre a viajar para Bali. Mas o importante, para já, é que as coisas começaram bem com duas vitórias e um empate e a equipa deixou de ser última", aponta. "Agora há que construir uma ideia de jogo e fazer o clube ganhar estabilidade. É o desafio mais difícil da carreira mas também muito aliciante", resume Fernando Valente, que já trabalhara na China e Ucrânia.
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"É um futebol muito físico e de muita correria, como noutras ligas da Ásia. A organização das equipas dura 60 ou 70 minutos, depois quebram. Mas há uma paixão grande e um sentimento de pertença aos clubes, excetuando nos que são mais clubes-empresas. O Zé ganhou estatuto aqui, é muito acarinhado pelo que faz. Foi eleito melhor médio estrangeiro, os fãs das duas equipas onde jogou pedem para ele cantar e comandar coreografias. Tem deixado marcas fortes. Eu estou aqui para valorizar o jogo e os jogadores com ideias que tenho defendido, entusiasmar os adeptos e ajudar a promover um ambiente fantástico à volta dos jogos", sustenta.
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