Um terreno em Guimarães, os tempos do FC Porto e o paraíso da infância de Nuno Espírito Santo
Wolverhampton recebe o Watford este sábado, para a Premier League
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Foi eleito o treinador do mês de setembro e está debaixo dos holofotes em Inglaterra devido à boa campanha dos Wolves na Premier League.
Nuno Espírito Santo concedeu uma entrevista ao jornal "Express & Star", de Wolverhampton, na qual falou da infância, passada num paraíso, e acabou a confessar que a compra mais extravagante que fez não serve, para já, para nada.
Infância: "São Tomé e Príncipe é o paraíso. Cresci sem sapatos porque a minha casa era praticamente na praia. Melhor que isso era impossível. Não havia carros e jogávamos. Era o paraíso. Era bom."
Campanha dos Wolves: "Não podemos dizer que estamos surpreendidos pelo bom arranque. Ao mesmo tempo, pode parecer arrogância dizer que estávamos à espera disto. A verdade é que nos preparámos para começar bem. Isso não pode causar surpresa."
Projeto: "O que me trouxe até ao Wolverhampton não foi o dinheiro, foram outras coisas, a oportunidade de criar alguma coisa. Os donos do clube podiam ter comprado o clube que quisessem. Talvez um clube mais caro e que já estivesse onde eles queriam. Partilhamos a mesma visão."
Tempos nos FC Porto: "Se estás num clube que tem o espírito de altruísmo, sem individualidades, de nenhum jogador ser maior que tudo, somos os mesmos e o clube tem isto. Muitos dos meus colegas referem que quando eu estava no FC Porto o clube tinha esses mesmos valores. Se vais para um clube que é uma confusão, tornas-te uma confusão. O que tínhamos era um grande grupo de jogadores, seres humanos fantásticos, e um líder fantástico (José Mourinho) que nos manteve focados e nos encaminihou. Na altura não percebi, mas perdebi depois, quando me tornei treinador, que o que tínhamos era especial."
Guimarães: "A compra mais extravagante que fiz, em 2002, foi um terreno em Guimarães, onde queria construir uma casal.Foi uma extravagância, um local fantástico. Mas esqueci-me de perguntar se podia construir alí e quando o fiz a resposta foi 'Não'. O terreno ainda o tenho, na colina mais alta de Guimarães. De vez em quando pergunto se posso construir. A resposta é 'Não, a área é protegida.' Era para ser a minha casa de sonho. Era perfeito."