Um português de sucesso em Angola: "Há a esperança de ser campeão 12 anos depois"
Líder do Girabola e com presença garantida na Champions, o técnico português Alexandre Santos vê equipa a convencer.
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Líder do Girabola, cumpridos seis jogos, o Petro Atlético surge esta temporada disposto a conquistar o título nacional, que escapa há 12 anos. À frente da formação angolana, Alexandre Santos é o obreiro da campanha do Petro, também presente na Champions africana, "um dos grandes objetivos da temporada".
Em conversa com O JOGO, o treinador português faz um balanço positivo. " As coisas estão a correr muito bem", começa por dizer, numa altura em que o campeonato parou devido aos compromissos das seleções. "Tivemos sete ou oito jogos num mês e agora vamos novamente entrar numa fase semelhante. O campeonato começou tarde e condensou as jornadas. Temos 15 golos marcados e quatro sofridos e estamos na liderança. Há uma felicidade na nação tricolor e a esperança de ser campeão 12 anos depois no Girabola. A equipa está a convencer e queremos voltar a dominar o futebol angolano", afirma Santos, cuja equipa segue invicta, tendo perdido pontos apenas com o 1.º de Agosto (2-2).
Com um ponto de avanço sobre o segundo classificado e ainda um jogo em atraso, o luso traça um retrato do plantel. "Há muita qualidade dos jovens, temos muitos jogadores entre os 17 e os 20 anos na principal equipa e somos um clube de uma dimensão grande", sublinha, dando conta de um "investimento com pés e cabeça". Na Champions, o Petro eliminou uma equipa do Congo (Otôho d´Oyo) e outra dos Camarões (Fovu), apenas com 10/15 treinos nas pernas. "Jogámos logo o play-off e começámos o campeonato", recorda, "muito satisfeito em relação à qualidade dos jogadores e das equipas" angolanas, mas assinalando correções: "É um pouco como antes da profissionalização em Portugal. Mudam-se as horas dos jogos, a qualidade dos campos deixa a desejar... não é compatível com o grau de investimento e de grandeza."