"Um grupo aproximou-se, vieram mais e percebemos que estavam a tentar cercar-nos"

O Bulgária-Inglaterra ficou marcado por uma goleada da equipa visitante (6-0 para os britânicos) e por lamentáveis episódios racistas nas bancadas. Mas nas ruas viveram-se também cenas de extrema violência, conforme conta ao jornal "The Sun" o inglês Théo Ogden (18 anos), que foi a Sófia na companhia do pai.

"Quando caminhávamos numas ruas escuras já longe do perímetro de segurança do estádio, percebemos que os adeptos radicais estavam à nossa espera. Estavam vestidos de preto, tal como os criminosos que estavam a fazer saudações nazis e cânticos de macacos quando os nossos jogadores negros tocavam na bola. Um grupo deles aproximou-se, depois vieram mais e então percebemos que eles estavam a tentar cercar-nos. Tivemos que nos defender de pontapés - foi terrível", começa por contar o inglês.

Logo a seguir, no entanto, o grupo (quatro pessoas) seria salvo. "De repente um carro da polícia apareceu e isso permitiu-nos fugir para o hotel mais próximo, onde outros adeptos ingleses também se tinham refugiado. Mas nunca tinha vivido nada como isto num jogo de futebol. Nem nunca tinha visto gente tão sinistra. Nós éramos um grupo de adeptos inocentes, mas eles tinham-nos esmagado se o carro da polícia não tivesse aparecido", prosseguiu.

"Depois ouvimos dizer que eles tinham apanhado outros dois adeptos ingleses, que acabaram com as caras cheias de sangue, o que nos deixou cheios de medo para voltarmos à rua", contou ainda Ogden.

destaquenaoperca 11407461