David Ginola, antigo futebolista dos parisienses, fez a antevisão ao duelo decisivo com o Borussia Dortmund. Falou, ainda, de Kylian Mbappé e salientou as diferenças entre o clube da capital francesa e o Real Madrid.
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O Paris Saint-Germain defronta, esta terça-feira, a partir das 20 horas, no Parque dos Príncipes, o Borussia Dortmund, na segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões – no primeiro embate, no Signal Iduna Park, a equipa alemã venceu por 1-0.
Numa entrevista concedida ao "Le Parisien", David Ginola, uma figura ilustre dos parisienses, fez a antevisão à partida e falou de Kylian Mbappé, que poderá fazer, esta noite, o último jogo europeu em Paris pelo PSG.
"O contexto não é especial. É o trabalho dele. Se ele for para o Real Madrid, está a ir para o clube dos seus sonhos. Não é que ele esteja a dar um passo atrás. Está no início de uma aventura magnífica. É uma pena para o futebol francês, que vai perder um talento como Kylian Mbappé. Gostaria de o ver jogar no PSG durante muito tempo. Teria feito as delícias de todos os adeptos que iam ver um jogador excecional no estádio. O que predomina é a tristeza de já não o ter no campeonato francês, de já não o ter no PSG. No futuro, poderá ser alguém a impedi-lo de ganhar na Europa, porque é seguramente um dos melhores jogadores dos próximos dez anos, se não o melhor. Desejo-lhe tudo de bom. A única coisa que espero é que, um dia, o Paris Saint-Germain tenha 10 títulos da Liga dos Campeões, que atraia jogadores que se sintam mais pequenos do que o clube e que queiram dar o seu melhor", afirmou.
Atualmente com 57 anos, o antigo futebolista francês deu o exemplo do Real Madrid como um clube onde o coletivo prevalece sobre o individual, ao contrário daquilo que tem acontecido no PSG nos últimos anos. "É assim que se ganha. Por exemplo, no Real Madrid, Cristiano Ronaldo, Benzema, Modric e Kroos eram jogadores reconhecidos, mas faziam parte de uma equipa. Porquê? Porque a instituição do clube era mais importante do que eles. O PSG contratou Messi e Neymar, e foi ótimo ter dado às pessoas a oportunidade de ver futebolistas tão talentosos. Mas não se esqueçam de que é preciso ter carregadores de água numa equipa. Quando se constrói uma equipa, é preciso encontrar o melhor compromisso com os jogadores que vão fazer o trabalho por nós", concluiu David Ginola.