Antigo treinador do Arsenal quer que o mítico torneio de seleções se jogue de dois em dois anos.
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A chefiar o cargo para o Desenvolvimento do Futebol, da FIFA, Arsène Wenger já se mostrou favorável a uma medida que promete fazer correr muita tinta: a de realizar o Mundial de Seleções de dois em dois anos. A UEFA, para já, está preocupada.
Segundo o Foot Mercato, o organismo que rege o futebol europeu tem-se mostrado contra os planos do antigo treinador do Arsenal e algo apreensivo com a atuação da FIFA neste processo, tal a falta de contacto e informação entre as duas entidades.
"A UEFA e as suas federações nacionais têm sérias reservas quanto à elaboração de relatórios sobre os planos da FIFA. Dado o grande impacto que esta reforma pode vir a ter em toda a organização do futebol, existe uma surpresa generalizada que a FIFA parece estar a lançar uma campanha mediática para impulsionar a sua proposta. Embora estas propostas não tenham sido apresentadas a confederações, federações nacionais, ligas, clubes, jogadores, treinadores, clubes e toda a comunidade futebolística", referiu Aleksandr Ceferin, presidente da UEFA.
Wenger já defendeu publicamente a sua proposta, referindo que ela poderá ser importante para os jogadores, que terão menos viagens e menos jogos de qualificação, para os clubes, que terão uma outra estabilidade nos seus plantéis, e para os adeptos, que, no entender do francês, querem sempre ver mais espetáculo.
Recorde-se que o Mundial, desde a sua fundação, foi sempre realizado de quatro em quatro anos. A única exceção aconteceu entre 1938 e 1950, mas não por qualquer mudança no calendário, mas sim devido à Segunda Guerra Mundial.