"Treinadores portugueses continuam bem cotados em Inglaterra"

O impacto imediato de Gyokeres

Como adjunto do Fulham, Luís Boa Morte foi adversário de Gyokeres quando este jogava no Coventry e não ficou surpreendido com a época do avançado ao serviço do Sporting. “Adaptou-se bem e, pelos golos que marcou, teve logo impacto no futebol português. E, ao contrário do que muita gente pensa, a nossa liga não é fácil”, frisou o selecionador da Guiné-Bissau, considerando que vai ser difícil os leões manterem o goleador sueco: “Somos um mercado exportador e, ao fim de duas épocas, perdemos muitos bons valores para campeonatos de maior dimensão.” 

Entre os bons valores que podem sair de Portugal, o antigo internacional luso destaca dois: “Gonçalo Inácio é um central com pé esquerdo, algo que nem sempre se encontra e os clubes procuram muito. João Neves é um jovem em ascensão, que está a crescer no Benfica e chegou com mérito à Seleção”.

Lusos bem cotados em Inglaterra

Luís Boa Morte garante que os “treinadores portugueses continuam bem cotados em Inglaterra” e não ficaria surpreendido se Rúben Amorim e Sérgio Conceição chegassem à Premier League. “Rúben Amorim teve mérito nos títulos do Sporting e dizem que foi negociar com o West Ham. Sérgio Conceição fez um bom trabalho no FC Porto. Agora, se teriam sucesso? Só quando lá chegarem é que podemos ver”, avalia o selecionador da Guiné-Bissau. 

“Anelka podia ter tido uma carreira como o Henry”

Luís Boa Morte confessa que, entre aqueles com quem jogou, “Figo foi sempre o preferido”. Mas também não esquece Thierry Henry e ainda um colega, com quem também partilhou o balneário no Arsenal, que podia ter tido outro tipo de percurso. “Anelka tinha qualidade para ter uma carreira como o Henry. O problema foi que mudou muitas vezes de clube. Se tivesse ficado no Arsenal mais temporadas, seria recordado de outra forma”, refere o selecionador da Guiné-Bissau, destacando também Saha: “Era incrível e tinha também grande capacidade”.