Abdel Bouhazama deixou o comando do Angers, último classificado da Ligue 1, após ter dito numa palestra à equipa que "já todos tocámos em meninas".
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Afastado na terça-feira do comando técnico do Angers, último classificado da Ligue 1, após ter dito que "já todos tocámos em meninas" durante uma palestra à equipa, Abdel Bouhazama motivou críticas de Hubert Fournier, diretor técnico do Ministério dos Desportos francês, que não se mostrou surpreendido pela polémica.
"As observações contra as mulheres, é claro que as desaprovo. E estou particularmente comovido porque não é novidade. Ele foi o responsável pela formação no Angers e já havia alguns avisos, por isso não me surpreende, infelizmente. Ele é alguém que tem dificuldade em controlar a sua gestão, que se baseia no autoritarismo", começou por dizer o dirigente, em entrevista ao jornal Ouest-France.
"A sociedade está a mudar e esta pedagogia não é o que queremos que os nossos educadores transmitam às nossas equipas. Estes métodos já não têm lugar no futebol", acrescentou.
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Em outubro do ano passado, mês que antecedeu a promoção de Bouhazama ao leme da equipa principal do Angers, o Ministério dos Desportos já tinha sido chamado às instalações do clube francês, com Fournier a explicar que a visita se deveu a uma queixa contra o técnico marroquinho.
"Foram duas ou três semanas antes de Abdel Bouhazama assumir a equipa principal, na sequência de um relatório de uma família por assédio aos seus filhos, por palavras ofensivas e uma gestão de terror que Bouhazama tinha exercido", revelou, mostrando-se surpreendido por o treinador ter sido promovido na altura.
"Ele tinha um estilo de gestão bastante regressivo, direto e autoritário, porque essa era a sua forma de operar. É um estilo ultrapassado e que já não corresponde à juventude atual", completou.
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