
Luis García
Las Palmas
O Las Palmas empatou em casa do Ceuta no domingo, mas o clube insular considera que este jogo devia ter sido adiado, com a equipa e até os árbitros a terem tido muita dificuldade em chegar ao estádio a horas, devido à depressão Emília, que também afetou a Madeira há dias
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O Ceuta e o Las Palmas empataram no domingo 2-2 num jogo da segunda divisão de Espanha, sendo que o treinador da formação insultar, Luis García, teve um discurso muito crítico para a LaLiga, considerando que este desafio devia ter sido adiado devido ao mau tempo da depressão Emília.
De acordo com o jornal Marca, o Las Palmas teve dificuldades em chegar ao estádio do Ceuta a tempo do jogo. Inicialmente, a equipa tinha previsto apanhar um voo "charter" no sábado até Tânger, Marrocos, e depois ir de autocarro até à cidade autónoma do adversário, que fica no lado oposto do estreito de Gibraltar.
No entanto, esse voo foi cancelado devido à depressão Emília, com o Las Palmas a pernoitar na ilha de Gran Canária. Na manhã de domingo, tinha um novo voo marcado para as 10h00, mas só descolou mais de duas horas depois. Também a equipa de arbitragem nomeada para este jogo teve problemas em chegar a Ceuta, tendo que apanhar um "ferry" nessa manhã que também foi alvo de sucessivos atrasos.
Assim, após o empate com o Ceuta, o treinador do Las Palmas não poupou nas críticas à LaLiga, referindo que todas estas dificuldades pré-jogo foram uma desvantagem tanto para a sua equipa como para os "juízes", defendendo assim que este jogo devia ter sido remarcado.
"Houve outros jogadores que tiveram de fazer outro caminho, que também não chegaram em condições ótimas. Disseram-nos que as cadeiras voavam pelo ar no barco. Estiveram desde as 6h00 da manhã no porto marítimo para poderem sair. Não faz sentido nenhum. [Aos árbitros] Exige-se que tenham acerto, que estejam bem, que não se enganem e que tratem de aplicar justiça. Acreditam de verdade que o árbitro é capaz de aplicar justiça depois de estar desde as 6h00 da manhã parado numa doca para apanhar um barco, e que nos primeiros três quartos de hora, a travessia seja uma loucura?", questionou.
"Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Eles passaram mais de oito horas no aeroporto para poderem descolar. Fomos parados, não viajámos, fomos para casa com stress... Eu já apanhei um monte de voos e ontem [sábado] tive medo. Fomos para casa e não descansamos da mesma forma. Não pudemos levar as coisas e saímos com duas horas e pouco de atraso. Quero agradecer ao Ceuta por empatizar connosco, por ajudar-nos e por entender a situação", completou Luis García.

