Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, reagiu, através das redes sociais, à agressão que o ponta de lança Pedro foi alvo por parte do preparador físico Pablo Fernández depois do encontro com Atlético Mineiro, para o Brasileirão.
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"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem deixou-me muito triste. Ofuscámos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas que, neste momento, não importam", começou por escrever o treinador, vincando que o diálogo "é a única solução".
"Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência separa-nos e a conversa une-nos. Quando era criança e comecei a jogar futebol, as lutas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceite, a cada dia, como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para sermos melhores", acrescentou Jorge Sampaoli, vincando que não tem dormido desde o episódio.
"Sou o condutor desta equipa. Magoa-me muito quando dois colegas de trabalho discutem. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas. Não tenho dormido a pensar em como ajudar Pedro e Pablo Fernández. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para mudarmos, para nos unirmos, para sermos melhores. E colocar o Flamengo no topo", concluiu.
O Flamengo venceu por 2-1 em casa do Atlético Mineiro na madrugada deste domingo, num jogo da 17.ª jornada do Brasileirão que ficou marcado por uma agressão do preparador físico do "Mengão", Pablo Fernández, a Pedro, avançado que não foi utilizado na partida.
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