Tite, selecionador do Brasil, sublinhou a consistência de Portugal, destacando o facto do coletivo ter conseguido superar a ausência de Cristiano Ronaldo
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Tite, sucessor de Dunga à frente da seleção do Brasil, tem aproveitado os primeiros dias como selecionador para observar jogadores e avaliar várias questões que possam beneficiar o seu trabalho à frente da seleção e abordou algumas situações relacionadas com Portugal e a recente conquista do Campenato da Europa.
Portugal foi campeão e sem Cristiano Ronaldo, que saiu lesionado ainda antes da meia-hora de jogo. "O que podemos comentar é a consistência de Portugal, o seu sistema, tanto que foi campeão sem o seu principal astro. O coletivo potencializa o individual e nunca o inverso. A qualidade da equipe como um todo e sua organização potencializam a individualidade para que ela possa aparecer", frisou.
Ainda sobre Portugal, que Fernando Santos assentou numa estratégia defensiva e foi campeão vencendo apenas dois jogos, os jornalistas quiserem perceber se ele ia dar prioridade à defesa. "É algo a se pensar. Não tenho uma resposta pronta. É para todos nós refletirmos. Por exemplo: A França passou pela Alemanha sem propor o jogo, sendo mais reativa. Duas linhas de quatro, pressão média e baixa, dois homens na frente e puxava contra-ataque. Teve muito menos posse de bola. Não quer dizer que uma escola seja melhor que a outra. O que eu acredito é que a escola brasileira tem na posse de bola uma arma muito forte, mas saber jogar com uma pressão alta, média e baixa também é importante", comentou.
Mais à frente, a Imprensa quis saber o que tinha achado da final entre França e Portugal. "Na final da Euro, a França jogou com duas linhas de quatro com dois atacantes. Portugal entrou com um 4-1-4-1, fazendo também uma marcação pressão um pouco mais baixa. Não mudam muito os sistemas, fundamental é a mobilidade e a qualidade que os sistemas têm", explicou.