Textor assume "fracasso" no pós Artur Jorge: "Ninguém queria vir, cinco ou seis recusaram"
Dono do Botafogo reconhece que a temporada ficou muito aquém do esperado. Sobre Renato Paiva, lamentou o que diz ter sido uma mudança na estratégia de jogo
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O Botafogo ganhou o campeonato brasileiro e a Taça Libertadores com Artur Jorge, com a saída do português a ser nefasta para o clube, reconhece o dono John Textor, que assume que a temporada foi um fracasso.
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"Começamos o ano muito mal. Tivemos um treinador [Renato Paiva] com um ótimo sistema de jogo, mas acho que ele o abandonou. Estamos em quarto lugar no Brasileirão. Estou feliz? Eu disse que seria um fracasso se não vencêssemos nada, então é um fracasso. É difícil motivar o plantel. Olhe para o Fluminense, você ganha um título grande e todos querem sair. Ganhamos títulos e metade dos jogadores quis sair. É normal. Vá ter um novo desafio e ver a Europa. É difícil, não temos o sistema do Palmeiras com um treinador consistente e academia de base. Eu aceito as críticas, mas não aceito o extremismo", começou por comentar o norte-americano.
A sucessão de Artur Jorge foi um problema difícil de resolver, recorda agora: "A pressão este ano é má. Eu não tive um mês de relaxamento. Você ganha o Brasileirão e a Libertadores e dizem que a questão do treinador foi um planeamento mau. Ninguém pode reclamar de perder um técnico [Artur Jorge] naquelas condições bizarras. Eu não queria dizer às pessoas naquela altura porque não contratamos ninguém. Adivinhem! Ninguém aceitou o emprego. Não queria dizer porque achava que iria fazer mal para a reputação do clube. É melhor que eu leve as críticas, já estou habituado. Podem dizer que foi planeamento, mas ninguém aceitou. Eu sou persuasivo, mas ninguém quis. Se você chegou ao topo, todo o treinador sabe que o próximo ano geralmente não vai ser tão bom. Cinco, seis pessoas recusaram. Talvez eu não tenha sido tão convincente, não foi planeamento", vincou.