Tévez ao ataque: "Porque não dão já a taça ao River? Por mim, não havia jogo"
Jogador do Boca não gostou da gestão do que aconteceu por parte dos dirigentes da organização
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O autocarro do Boca foi atacado, houve jogadores feridos, mas a decisão de suspender a partida só foi tomada quase cinco horas depois dos acontecimentos.
Carlos Tévez, que ficou afetado por gás pimenta que entrou no autocarro, não se poupou nas críticas à Conmebol, que resistiu bastante à suspensão do jogo e tentou que os jogadores entrassem mesmo em campo para jogar. Que deem já a Taça ao River. Aos da Conmebol não importa os jogadores do Boca. Foi uma vergonha. Portaram-se mal connosco. Foi uma vergonha o que nos fizeram. Queriam obrigar-nos a jogar com o Pablo Pérez no hospital. Estávamos a vomitar e a Conmebol obrigava-nos a jogar. O que mais têm de fazer para dar a taça ao River? Por que não dão já? Sempre fazem o que querem, que façam já e pronto. Mudámos de roupa três vezes. Diziam que jogávamos, que não jogávamos e foi assim o tempo todo. Os responsáveis médicos diziam que estávamos bem quando tínhamos três deitados na marquesa. O médico da Conmebol é o mesmo que disse, em 2015, que o River não podia jogar quando lhes atiraram gás pimenta."
O veterano jogador prosseguiu lembrando o episódio de 2015 quando um adepto do Boca Juniors atirou gás pimenta para o túnel de acesso ao campo, onde estavam os jogadores do River, num episódio que ditou a anulação do jogo e a eliminação do Boca da Libertadores, na altura nos oitavos de final da competição. "Não se importaram, em momento algum, com os jogadores do Boca. Que deem a taça ao River. Na Bombonera não foi assim? Eliminaram o Boca. Agora temos de jogar. Por mim, não havia jogo. Não é o mesmo que aconteceu na Bombonera? Não tem de haver jogo. Eles só queriam que jogássemos. Tínhamos o capitão no hospital e nunca nos perguntaram como estávamos. Só pensavam que estava cá o Infantino e na vergonha mundial, nunca pensaram nos protagonistas."