"Tento ser o mais apolítico possível. O futebol trata de unir, não importa..."
Declarações de Manuel Pellegrini, treinador do Bétis, em entrevista ao "El Mundo".
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Caso Negreira: "Quando há um tema tão complicado, é necessário que haja uma investigação profunda e clara do que aconteceu. Não acho que por causa do "caso Negreira" se possa questionar a honra/integridade de todos os árbitros em Espanha, parecer-me-ia injusto. Mas sim, é importante ter um relato claro do que se passou para que a honestidade da atividade, do futebol, do qual os árbitros são uma parte, não seja questionada. O futebol deve ser protegido e cuidado."
O ser humano é corrupto por natureza? "O ser humano é complicado. Não sou eu que o digo, é a história. Por corrupção, escravatura, racismo, violência contra as mulheres, pedófilos, guerras... Há pessoas que podem fazer tantos estragos... O ser humano tem causado muitos danos e estes danos têm de ser controlados pela justiça. Mas continua a acontecer que os políticos enviem jovens de 18 ou 20 anos para a guerra por uma questão material. E há toda uma história de danos desnecessários que o ser humano tem feito."
Como se mistura política num balneário da primeira divisão? "Tento ser o mais apolítico possível. O futebol trata de unir. Quando joga a seleção, por exemplo, o adepto não sabe se o que está ao lado é comunista, de direita, republicano... Não importa, vão atrás da sua seleção. O futebol une, e acho que nos balneários essa união não é quebrada pela política. A parte política foi pouco importante nas minhas equipas, não a vi. Nem mesmo a parte racial, não vejo racismo no balneário. Há amizade, exigências, brigas... Por mais egocêntricos que sejam os futebolistas, que não um grupo especial, sabem que no final precisam da equipa para ganhar."
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