"No Real Madrid acreditam que um treinador tem de gerir os jogadores que lhe dão e nada mais..."
Declarações de Manuel Pellegrini, treinador do Bétis, em entrevista ao "El Mundo".
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Passagem menos bem sucedida no Real Madrid: "Muito poucos têm a possibilidade de orientar o Real Madrid. É um orgulho dirigir uma instituição dessa categoria. Se me pergunto a mim mesmo sobre o meu trabalho lá... Pode ter sido mau, não tenho nenhum problema em reconhecê-lo. Fizemos um campeonato muito bom, com 96 pontos, 105 golos e a equipa jogou bem, mas saímos da Taça e da Champions. Houve uma série de erros que eu cometi, e uma falta de comunicação entre o presidente e eu, ou uma "descomunicação" desde o princípio, por diferentes opções pessoais. Eu não tenho nenhum problema com Florentino Pérez, mas quando o presidente e o treinador têm ideias diferentes, o treinador tem de ir-se embora. E soube muito cedo que não ia continuar no Real Madrid. Tinha de ter procurado outra maneira de ter outra comunicação, mas é passado, gostei de orientar o Real Madrid, teria gostado de o ter feito mais um par de anos e de ter ganho títulos, que é uma exigência e está no seu ADN. Não consegui, mas chegou o Málaga e o Málaga foi algo indelével na minha vida."
Essa experiência afetou na hora de gerir a relação com jogadores e funcionários? "Não, não. É pecado pensar isso. No Real Madrid acreditam que um treinador tem que dirigir o tipo de jogadores que lhe dão e tem de dedicar-se a isso e nada mais, e eu acho que o treinador tem de ter uma opinião sobre o plantel que vai orientar. Mas já está. No resto dos clubes tive sempre muita participação nesse aspeto, em concordância com o diretor desportivo, com os donos... Não tive problemas."
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