Teerão protesta cancelamento do particular Canadá-Irão: "Lamentável decisão política"
Anulação do desafio deveu-se a controvérsia face ao abate de um avião comercial, em janeiro de 2020, no qual seguiam mais de 50 cidadãos canadianos, através de um míssil iraniano
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O cancelamento do particular entre Canadá e Irão, por iniciativa canadiense, provocou celeuma em Teerão. O governo do país do Médio Oriente considerou a decisão, em jeito de protesto, como "lamentável" e "política" e será apresentada uma queixa na FIFA.
Kazem Gharibabadi, chefe adjunto da magistratura do Irão e secretário do conselho do país para os Direitos Humanos, afirmou, citado pelo jornal L' Equipe, ser "lamentável que a dita terra da liberdade [América] não mantivesse a política fora de campo".
Por sua vez, Mohammad Jamaat, porta-voz da Federação iraniana, revelou, numa entrevista a uma estação televisiva do país que a entidade "vai apresentar uma queixa à FIFA" face ao cancelamento do particular entre Canadá, pelo qual alinha o médio portista Stephen Eustáquio, e o Irão, no qual atua o colega dianteiro Mehdi Taremi.
A anulação do desafio, agendado inicialmente para 5 de junho, foi originada na sequência de uma controvérsia face ao abate de um avião comercial, a 8 de janeiro de 2020, no qual seguiam mais de 50 cidadãos canadianos, entre 176 pessoas, partido de Teerão, através do uso de um míssil terra-ar lançado por forças militares do Irão.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, como que "forçou" o cancelamento do jogo ao frisar, em declarações à estação "CTV News", que "não foi muito boa ideia convidar a seleção iraniana de futebol para vir ao Canadá jogar" um particular.
Para o governo federal canadiense, a prioridade do país "é procurar respostas, fazer-se justiça, responsabilizar o Irão e alcançar reparações, enquanto fornece às famílias e entes queridos das vítimas o apoio de que necessitam" há mais de dois anos.
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