Supremacia da Inglaterra na Europa, ausência de Portugal é exceção à regra
Arsenal, Aston Villa, Manchester United, Tottenham e Chelsea: mais nenhum país conseguiu chegar aos cinco representantes nas três competições europeias em curso. Na Champions, a Premier League teve sempre dois representantes, pelo menos, em cada uma das últimas quatro temporadas. Mais nenhum país conseguiu tal registo
Corpo do artigo
Foram cinco as equipas inglesas que, na semana que passou, conseguiram ultrapassar os oitavos de final das competições da UEFA: Arsenal e Aston Villa na Liga dos Campeões; Manchester United (treinado por Rúben Amorim) e Tottenham na Liga Europa; e Chelsea na Liga Conferência. Um registo sem par no futebol europeu, com os espanhóis a serem os únicos a conseguirem aproximar-se, com um total de quatro emblemas qualificados: Real Madrid, Athletic Bilbau, Barcelona e Bétis, estes dois últimos às custas dos portugueses Benfica e Vitória, que ficaram pelo caminho.
Os ingleses mantêm uma regularidade assinalável no que diz respeito ao número de conjuntos que alcançam os quartos de final, uma vez que já tinham feito o mesmo nas temporadas de 2021/22 e de 2023/24. Desde que começou a disputar-se a Liga Conferência, passando a existir três provas europeias de clubes, apenas em 2022/23 não atingiram a fasquia, “ficando-se” por quatro qualificados.
Se nos reportarmos apenas à Liga dos Campeões, Inglaterra é o único país que neste quadriénio conseguiu ter sempre pelo menos dois emblemas a disputar os “quartos”. Como é comummente aceite, porém, quantidade nem sempre significa qualidade: nas três épocas anteriores só uma vez houve vencedor inglês, no caso o Manchester City, que em 2022/23 bateu na final o Inter de Milão (1-0). Já na temporada de 2021/22 o Liverpool foi ao jogo decisivo, mas caiu aos pés do Real Madrid (1-0), enquanto na época passada a final foi disputada entre o Real Madrid e o Dortmund (2-0).
Nestes três anos não houve finalistas ingleses na Liga Europa, e na Liga Conferência o West Ham levantou o troféu ao derrotar na final a Fiorentina por 2-1, em 2022/23.
Ausência portuguesa é exceção à regra
Quanto às equipas portuguesas, esta temporada é a única, desde que se disputa a Liga Conferência, em que não há nenhum clube luso entre os 24 apurados para os quartos de final das três provas europeias de clubes.
Ainda assim, Portugal é o país fora das “Big Five” (cinco principais ligas europeias) que está melhor no que diz respeito a este critério, com cinco presenças nos “quartos” desde 2021/22: o Benfica foi duas vezes aos quartos de final da Champions (em 2021/22 e 2022/23) e uma aos da Liga Europa (2023/24), enquanto o Braga e o Sporting estiveram nesta fase da Liga Europa em 2021/22 e 2022/23, respetivamente.
Raphinha persegue CR7 e Falcao
Nas três provas da UEFA desta época, o brasileiro Raphinha é até agora o melhor marcador, com onze golos na Liga dos Campeões. Na Liga Europa os líderes são El Kaabi (Olympiacos) e Kasper Hogh (Bodo/Glimt), ambos com sete, enquanto na Liga Conferência foi o angolano Afimico Pululu (Jagiellonia) quem marcou mais golos, com oito. Numa prova de clubes da UEFA, o recorde de golos numa só época é repartido entre Cristiano Ronaldo e Radamel Falcao, que chegaram aos 17 em 2013/14 e 2010/11, ao serviço de Real Madrid e FC Porto, respetivamente.