Supertaça de Espanha já dá polémica: Tebas não quer que a federação mexa no futebol profissional
Presidente de LaLiga acusou o homólogo federativo de criar "falsas expectativas" ao anunciar que a Supertaça passará a ser disputada numa final four, já este ano. A medida tem, no entanto, de passar na assembleia geral do futebol profissional.
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Javier Tebas, presidente de LaLiga, reagiu com surpresa e desagrado à notícia de um novo modelo para a Supertaça de Espanha, com recurso a uma final four a disputar fora do país. O anúncio foi feito, esta terça-feira, por Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que espera ver o novo formato adoptado já este ano. Para isso, precisa que a medida passe na assembleia geral de LaLiga e homólogo que gere o futebol profissional não gostou da ideia, nunca abordada nos contactos entre as instituições. "Nem um comentário nas reuniões do convénio de coordenação da RFEF, e houve muitas", assegurou Javier Tebas, em declarações ao diário desportivo Marca.
O anúncio da final four na Supertaça foi pretexto para um ataque de Javier Tebas ao líder federativo, que disse esperar outras medidas federativas, e enunciou-as: "Esperava que Rubiales fosse anunciar um plano de actuação para o futebol não profissional: como reduzir a dívida à Segurança Social e à AEAT da Segunda B e da Terceira, a implantação de controlo económico nestas divisões, uma estruturação desportiva, a figura dos clubes dependentes, um plano de patrocínio global a estes campeonatos, plano laboral, de protecção à formação dessas equipas, coordenação das federações territoriais par ao combate à violência física e verbal nestes campos, um plano concreto de integridade nestas provas... e o grande anúncio é uma prova claramente profissional, que desde logo afecta a competição de LaLiga".
"Resumindo: é uma iniciativa que se toma sem saber os efeitos que tem e gerando falsas expectativas. Rubiales tem abandonado claramente o futebol não profissional, que é o que realmente lhe cabe. Em vez disso, distribui abraços e subsídios às federações territoriais ou a sindicatos com critérios critérios que são clientelares (porque são eles quem elege o presidente da RFEF)", rematou, crítico.