"Superliga? Ter mais jogos entre Cristiano Ronaldo e Messi é uma das chaves"

Ao longo dos últimos dias, Florentino Pérez tem-se mantido como a única voz em ativa defesa da Superliga Europeia, depois de oito dos 12 clubes fundadores terem anunciado o abandono do projeto.

Juventus e Milan mantêm a crença nos princípios do mesmo, assim como o Barcelona, mas o presidente do Real Madrid tem argumentado com veemência contra os críticos, vincando a ideia de recuperar o interesse dos mais jovens no futebol.

"[A Superliga] Não é um plano exclusivo nem é contra as ligas. O projeto da Superliga é o melhor possível e foi feito para ajudar o futebol a sair da crise. O futebol está gravemente ferido, porque a sua economia está a afundar-se e temos de adaptar-nos aos tempos em que vivemos. A Superliga não é contra os campeonatos nacionais e o seu objetivo é fazer fluir mais dinheiro para todo o futebol. Foi concebido para tornar os jogos mais interessantes", sublinhou o líder dos "merengues", principal impulsionador do projeto, em entrevista ao diário As, publicada este sábado.

"E penso que a nova reforma da UEFA também não resolverá o problema porque o que foi apresentado não é sequer melhor do que o que já existe. E não podemos esperar até 2024. De qualquer modo, devemos ter feito algo de errado. Vamos dar uma volta à Superliga e confrontar ideias. Talvez ter os quatro melhores de cada país seja a solução. Não sei, mas algo tem de ser feito, porque os jovens entre os 14 e os 24 anos estão a abandonar o futebol, estão aborrecidos com ele e preferem outras formas de entretenimento. Existem quatro mil milhões de fãs de futebol em todo o mundo e metade são adeptos dos clubes da Superliga. O futebol é o único desporto global", prosseguiu Florentino, que deu um exemplo claro de uma das "vantagens" da Superliga: mais jogos entre Cristiano Ronaldo e Lionel Messi:

"A chave passa por recuperar o interesse do adepto, em ter mais jogos entre Messi e Cristiano. Os jogos entre Real e Barça paravam o mundo. Pois bem, todo o dinheiro que isso pode gerar tem repercussões nas ligas e em todos os clubes", rematou Florentino Pérez.